EUA atribui ao Irã ataque contra campanha de Trump
A equipe de campanha de Trump anunciou em 10 de agosto que havia sofrido um ataque cibernético
Agências federais de inteligência dos Estados Unidos atribuíram nesta segunda-feira (19) ao Irã a responsabilidade pelo ataque cibernético contra a campanha de Donald Trump revelado no último dia 10.
“Observamos uma atividade iraniana cada vez mais agressiva durante este ciclo eleitoral, que inclui as atividades relatadas recentemente para comprometer a campanha do ex-presidente Trump, que a comunidade de inteligência atribui ao Irã”, apontaram em comunicado a Polícia Federal (FBI), o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) e a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (Cisa).
A equipe de campanha de Trump anunciou em 10 de agosto que havia sofrido um ataque cibernético, e acusou “fontes estrangeiras” de terem vazado comunicações internas e um expediente sobre J.D. Vance, companheiro de chapa do magnata republicano.
A inteligência americana estimou hoje que Teerã tentou entrar em contato com “indivíduos com acesso direto à campanha presidencial de ambos os partidos".
"O Irã busca semear a discórdia e minar a confiança em nossas instituições democráticas”, denunciaram as agências.
No último dia 12, os Estados Unidos avisaram ao Irã que interferir nas eleições presidenciais de novembro teria consequências. O governo americano afirmou que dispõe de “um certo número de ferramentas para responsabilizar o Irã”, e alertou que não hesitará em usá-las.
"Essa abordagem não é nova. Irã e Rússia usaram esses estratagemas não somente nos Estados Unidos, mas em outros países", ressalta o comunicado.
Em 2016, e-mails do Partido Democrata foram hackeados, principalmente os da então candidata Hillary Clinton, que enfrentava Donald Trump. O milionário, que venceu as eleições, foi criticado por ter fomentado o roubo de dados, atribuído à Rússia.
Os serviços de inteligência dos Estados Unidos concluíram posteriormente que a Rússia influenciou as eleições de 2016 em favor de Trump, o que o republicano nega.