FRANÇA

Alain Delon: Associações de defesa dos animais tentam evitar cumprimento do último desejo do ator

Astro francês queria que o seu cão fosse sacrificado para ser enterrado com ele. "Loubo continua bem de saúde", objeta uma delas

Alain Delon - Valery Hache/AFP

Em entrevista de 2018, o ator Alain Delon – falecido este domingo, aos 88 anos de idade – deixou expresso o seu último desejo: “Se eu morrer antes do meu cão, pedirei ao veterinário que partamos juntos. Prefiro isso a saber que ele poderá morrer na beira do meu túmulo com tanto sofrimento.”

Mas as associações de defesa dos animais não concordam com a ideia de que seja realizada uma eutanásia no pastor Malinois adotado pelo francês em 2014.

 

“Loubo ainda goza de boa saúde”, informou a Fundação 30 Milhões de Amigos num comunicado de imprensa. A SPA France também falou no X (anteriormente conhecido como Twitter): “A SPA se voluntaria para acolher seu cachorro e encontrar uma família para ele”. Já a Fundação Brigitte Bardot sugeriu, em post na sua conta do Instagram, esta terça, a ideia de ela própria adotar o cão. Na França, nenhuma lei rege a chamada eutanásia de “conveniência”, mas o veterinário tem a opção de praticá-la ou não.

Se o pedido de eutanásia de Loubo provocou desassossego entre as associações de proteção dos animais, estas saudaram a memória de Alain Delon, personagem muito próximo dos seus animais. Segundo a 30 Milhões de Amigos, o ator tinha mais de 50 cães, 35 dos quais estão enterrados na propriedade da família em Douchy (Loiret). O ator também condenava veemente as touradas.

O funeral de Alain Delon será realizado no meio da semana em Douchy. Ele será enterrado perto de seus entes queridos e de seus animais de estimação.