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Ouro fecha em queda, pressionado pela alta do dólar e pela correção de preços do metal

O ouro para dezembro fechou em queda de 1,21%, a US$ 2516,70 por onça-troy, na Come

Ouro fecha em queda - Freepik

O ouro fechou em queda nesta quinta-feira, 22, pela segunda sessão consecutiva, pressionado pela alta do dólar e dos juros dos Treasuries, além de correção de preços do metal precioso.

Investidores acompanharam a divulgação de dados dos Estados Unidos e de falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) apontarem um cenário complexo para o corte de taxas de juros.

O ouro para dezembro fechou em queda de 1,21%, a US$ 2516,70 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A Spartan Capital Securities analisa que a fraqueza do ouro está relacionada a alta do dólar e que não é uma "reversão na tendência" recente de rali do metal precioso, já que as vendas provavelmente terão fôlego curto.

Nesta quinta, a moeda americana e os juros dos Treasuries - que competem com o ouro como ativos seguros - operaram em alta robusta, na esteira de dados americanos e de comentários de dirigentes do Fed, que sugeriram ritmo cauteloso de redução nos juros dos EUA.

De acordo com a FxPro, a queda dos preços do ouro acontece depois de um forte rali, que foi impulsionado pela expectativa com o corte de juros pelo Fed e pelas incertezas geopolíticas.

"O ímpeto de alta do metal precioso está esgotado e, em prazos diários, uma divergência está se formando entre recordes de preços cada vez mais altos", detalha o documento. "Esse cenário é considerado o sinal de uma queda intensa nos preços, e vale a pena prestar atenção em como esse movimento irá se desdobrar."

Por outro lado, o Julius Baer ainda acredita que o metal precioso deve atrair investidores em busca de um refúgio seguro, embora com uma onda de compras mais modesta.

"Para impulsionar a compra de ouro pelos ocidentais em busca de refúgio seguro, as taxas de juros precisariam cair muito mais", defende o banco suíço.

O Julius Baer também espera que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) retome compras de ouro, em movimento para se proteger diante do aumento nas tensões geopolíticas globais e comerciais em relação aos EUA, ampliando escopo de alta dos preços do metal.