Prisão

PF prende terceiro suspeito de invasão a sistema de pagamentos do governo federal

Outras duas pessoas foram presas na quarta-feira; PF apura desvios da ordem de R$ 15 milhões

Até o momento, a PF identificou furtos no montante de aproximadamente R$ 15 milhões - Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira o terceiro homem suspeito de ter invadido o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), órgão responsável por fazer os pagamentos do governo federal. Ele foi detido em Vitória da Conquista, na Bahia. Outras duas pessoas foram presas na quarta-feira em Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Até o momento, a PF identificou furtos no montante de aproximadamente R$ 15 milhões pela plataforma, havendo ainda a detecção de tentativas de desvio de mais de R$ 50 milhões.

De acordo com a PF, a ação visa desarticular uma organização criminosa especializada e fraudes eletrônicas e no furto de recursos públicos por meio do Siafi. Até o momento, foram identificados roubos no montante de aproximadamente R$ 15 milhões pela plataforma, havendo ainda a detecção de tentativas de desvio de mais de R$ 50 milhões.

Na quarta-feira, a PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão.

A investigação revelou um esquema de alta complexidade que incluía a realização de acessos indevidos ao Siafi, mediante a utilização de credenciais falsas de ordenadores de despesas.

“A organização criminosa utilizava técnicas avançadas de invasão cibernética, incluindo campanhas de phishing, por meio do envio de mensagens do tipo SMS com links maliciosos que captavam os dados dos destinatários, e emissão fraudulenta de certificados digitais, para obter acesso a contas e autorizar pagamentos indevidos”, afirmou a PF.

Além disso, para poder receber os valores desviados, o grupo criminoso também se utilizava de contas de intermediários, conhecidos como "laranjas”, que eram posteriormente ocultados através de instituições de pagamento e exchanges, empresas que atuam como corretoras de criptoativos.

Segundo a PF, os suspeitos poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome da operação, Gold Digger, faz alusão ao termo em inglês que significa "escavador de ouro" ou "minerador", refletindo o caráter meticuloso e persistente das violações na extração ilícita de grandes quantias de dinheiro público.

A PF informou ainda que as investigações continuarão até a completa desarticulação da organização criminosa e a responsabilização de seus integrantes.