México

No México, manifestantes se opõem à reforma no Judiciário e pedem respeito à democracia

Protestantes pediram "independência judiciária" e "respeito à democracia"

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador - Alfredo Estrella/AFP

Manifestantes ocuparam as ruas de diversas cidades do México neste domingo, 25, para se opor à proposta de reforma no Judiciário feita pelo presidente do país, Andrés Manuel López Obrador.

Na frente do prédio da Suprema Corte na Cidade do México, protestantes pediram "independência judiciária" e "respeito à democracia".

Segundo os críticos, os planos governistas enfraquecerão o equilíbrio democrático.

A proposta de Obrador sugere que os cargos de juízes sejam sujeitos a eleição, o que os analistas acreditam abrir espaço para juízes politicamente tendenciosos e com pouca experiência.

As mudanças ainda precisam da aprovação do Congresso, onde a coalizão governante tem a maioria.

Funcionários e juízes do Tribunal Federal estão em greve, o valor do peso caiu e empresas financeiras internacionais demonstraram preocupação com a situação.

O embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, alertou que a eleição de juízes é um "risco" para a democracia do México e que "ameaça o relacionamento comercial histórico" entre os dois países.