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Conselho de Ética da Câmara remarca análise de cassação de Glauber Braga

Deputado é acusado de quebra de decoro por ter expulsado um militante do MBL da Câmara aos chutes em abril

Deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) - Roque de Sá/Agência Senado

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados vai analisar na quarta-feira, 28, o processo de cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

A discussão será sobre parecer do relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), em desfavor do colega.

A reunião, que fora marcada para terça-feira, 27, teve de ser adiada para se adequar às agendas de todos os interessados no caso.

O encontro começará às 9h, quando também deve ser votado o processo contra Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes da morte da ex-vereadora do Rio Marielle Franco.

Glauber Braga responde a uma ação apresentada pelo Novo ao colegiado.

O deputado é acusado de quebra de decoro por ter agredido fisicamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Em 16 de abril, o parlamentar se envolveu em um conflito com pessoas ligadas ao movimento no Congresso e expulsou um homem aos chutes do local.

Na semana seguinte, o partido protocolou o pedido de cassação.

O deputado do PSOL nega as alegações da representação e diz que a iniciativa visa constrangê-lo.

"Estão juntinhos: MBL, Partido Novo, PL, tentando constranger os seus inimigos políticos, mas não vai colar.

Nós não vamos retroceder nas nossas posições", afirmou Braga em vídeo publicado no X (antigo Twitter), no mesmo dia da agressão.

Ele afirma que houve justa reação a uma ameaça.

"Não me orgulho daquilo que fiz, mas não me arrependo. A minha ação é da proporcionalidade. De acordo com o que determina a legislação brasileira, eu vou reagir à injusta agressão", defendeu-se.