eua

Biden condena paralisação de benefícios para imigrantes casados com americanos

No comunicado, o presidente americano garante que o programa não modifica os requisitos migratórios

Joe Biden - Evan Vucci/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou, nesta terça-feira (27), a decisão de um juiz do Texas que suspende temporariamente um programa que simplifica a regularização dos imigrantes casados com americanos.

Em meados de junho, o presidente democrata simplificou o processo para que os imigrantes casados com americanos e seus filhos possam obter permissão de residência, o famoso "green card", sem terem que sair do país para isso.

Contudo, na segunda-feira, Campbell Barker, um juiz federal em Tyler, Texas, acolheu um processo apresentado por 16 estados dirigidos por republicanos para paralisar este programa.

"Essa decisão é incorreta. Estas famílias não deveriam ser separadas desnecessariamente, deveriam poder permanecer juntas, e minha administração não vai deixar de lutar por elas", afirmou Biden em um comunicado.

A decisão impede que o governo processe as solicitações a partir de agora, mas ele pode continuar recebendo-as e não afeta as que já foram aprovadas desde que as inscrições foram abertas há uma semana, informou o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS, na sigla em inglês).

O programa de Biden beneficiaria os cônjuges que vivem no país há pelo menos 10 anos e facilitaria os trâmites para solicitar permissão de trabalho e pedidos de cidadania.

No comunicado, Biden garante que o programa não modifica os requisitos migratórios.

"A única coisa que fiz foi possibilitar que estes residentes de longa duração apresentem a documentação aqui" nos Estados Unidos, argumenta.

A migração ilegal se tornou um cavalo de batalha para as eleições de 5 de novembro, que serão disputadas entre a vice-presidente democrata Kamala Harris e ex-presidente republicano Donald Trump.

Os republicanos acusam Biden de não fazer o suficiente para impedir a entrada de migrantes irregulares, enquanto o democrata garante que não faz politicagem com o tema migratório e acusa Trump de ter sabotado uma tentativa bipartidária para encontrar uma solução.

"Não estou interessado em fazer política com fronteira ou imigração, estou interessado em resolver problemas. Tampouco me interessa separar as famílias", insistiu o presidente nesta terça-feira.

Se vencer as eleições, Trump prometeu "a maior deportação" de imigrantes da história em seu primeiro dia de mandato, bem como fechar a fronteira com o México.