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Bilionários Brasil 2024: veja as 10 empresas brasileiras com mais membros na lista da Forbes

Dez companhias são autênticos celeiros de bilionários, seja por herança, seja por participação; a fabricante de equipamentos eletroeletrônicos WEG ocupa o primeiro lugar

WEG tem 29 membros na lista de bilionários da Forbes - Linkedin

A nova Lista Forbes Bilionários Brasileiros 2024 está disponível na nova edição da revista, lançada nesta terça-feira.

Dentre os muitos patrimônios listados, algumas empresas que são fonte de origem do patrimônio de muitos dos milionários listados.

Ao todo, dez companhias brasileiras são verdadeiros celeiros de bilionários – seja por herança ou por participação.

A WEG, multinacional que liderava a lista no ano passado, surge novamente no primeiro lugar. No total, são 29 membros entre os brasileiros bilionários.

De acordo com a Forbes, os descendentes dos fundadores da WEG têm, juntos, um patrimônio de R$ 85,53 bilhões. A WEG, uma fabricante de equipamentos eletroeletrônicos, tem 39 mil funcionários e mais de 4.300 engenheiros. Além disso, possui em seu portfólio de mais de 1.500 linhas de produtos.

 

A WEG, indústria brasileira de equipamentos elétricos, é a empresa com mais acionistas no ranking de bilionários da Forbes no Brasil, divulgado em setembro de 2023.

Um dos nomes ligados à companhia é Livia Voigt, a brasileira de 19 anos que ocupa o posto de bilionária mais jovem do mundo, com um patrimônio de R$ 5,5 bilhões, de acordo com a lista dos mais ricos do mundo, publicada nesta semana.

Além dela, outros 28 empresários têm a WEG, a maior fabricante de motores elétricos da América Latina, como origem de sua fortuna.

A multinacional, que exporta para mais de 135 países, foi cofundada pelos bilionários Geraldo Werninghaus, Eggon João da Silva e Werner Ricardo Voigt e é uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo. Multinacional de capital aberto com fábricas em mais de dez países, a WEG faturou R$ 32,5 bilhões em 2023.

Veja a lista de bilionários

WEG: 29 membros e patrimônio de R$ 95,6 bi

Itaúsa/Itaú Unibanco: 15 membros e patrimônio de R$ 167,1 bi

Rede D’Or: 7 membros e patrimônio de R$ 27,7 bi

Grupo Suzano: 6 membros e patrimônio de R$ 123,1 bi

Votorantim: 6 membros e patrimônio de R$ 93,8 bi

AMaggi: 5 membros e patrimônio de R$ 28,9 bi

BTG Pactual: 5 membros e patrimônio de R$ 54,2 bi

CCR: 5 membros e patrimônio de R$ 7,3 bi

AB Inbev/3G Capital: 4 membros e patrimônio de R$ 208,9 bi

Grupo Mateus: 4 membros e patrimônio de R$ 12,1 bi

Patrimônio total: R$ 830,8 bi

Qual é a história da WEG
A história da WEG começa em 1961, quando foi fundada pelos três sócios em Jaraguá do Sul (SC), com um capital inicial de Cr$ 3.600,00 (três mil e seiscentos cruzeiros). O nome une as iniciais do primeiro nome de cada um dos empresários, que deixaram bilhões de herança para suas famílias.

Em 1976, em parceria com a Motores Jara, abriu um escritório na Alemanha, participando do mercado no exterior. Hoje, a WEG está presente em países como China, Índia, África do Sul, Estados Unidos e Colômbia.

A companhia começou como fabricante de motores elétricos, mas a partir dos anos 1980, expandiu suas atividades.

A multinacional adquiriu empresas ao redor do mundo, como a Instrutech, fabricante de produtos e sistemas de automação; a fábrica de tintas Pulverlux, da Argentina; o distribuidor Fournais A/S, na Dinamarca; e o Watt Drive Antriebstechnik GmbH, companhia austríaca especializada no desenvolvimento e fabricação de redutores.

Ao longo do tempo, a WEG se tornou uma grande indústria de produção de eletroeletrônicos, itens para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes.

Atualmente, já são mais de um bilhão de produtos de automação fabricados e 123 mil em margem de valor agregado (MVA) em geradores. Além disso, a companhia possui mais de 19 milhões de motores e 6 mil MVA em transformadores produzidos anualmente. Por mês, são produzidos 1,7 milhão de litros de tintas e 2.300 toneladas de tintas em pó.

Com seu faturamento anual, a WEG também aparece entre as maiores empresas de capital aberto do Brasil.

Herdeiros jovens e bilionários
Aos 19 anos, Livia Voigt é dona de uma fortuna de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões), por sua participação de 3,1% na WEG. Ela é neta de Werner Ricardo Voigt, o bilionário cofundador da companhia, falecido em 2016.

Sua irmã Dora Voigt de Assis, de 26 anos, também aparece na lista da Forbes como uma das bilionárias mais jovens do mundo, com o mesmo patrimônio e participação de Livia.

Ela se formou na universidade em arquitetura em 2020. As duas não ocupam cargos de conselho ou qualquer cargo executivo na WEG.

Também está presente no ranking deste ano Eduardo Voigt Schwartz, de 34 anos, primo das irmãs Lívia e de Dora.

Ele é um dos principais acionistas individuais da companhia e sua fortuna é avaliada em US$ 1,3 bilhão (R$ 6,5 bilhões). A irmã de Eduardo, Mariana Voigt Schwartz Gomes, aos 38, tem a mesma fortuna.

Já Anne Werninghaus, aos 38 anos, não faz parte da família Voigt, mas também tem a origem de sua fortuna na WEG. Neta de Geraldo Werninghaus, um dos cofundadores da multinacional, ela é a maior acionista individual da empresa, com um patrimônio de US$ 1,2 bilhões (R$ 6,1 bilhões).