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Exército de Israel admite fracasso em impedir ataque de colonos judeus na Cisjordânia

O general da divisão Avi Bluth classificou o ataque contra a aldeia de Jit, como um "ato terrorista muito grave"

Soldados israelenses prendem dois homens palestinos durante uma operação no campo de Nur Shams, perto da cidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada por Israel - Jaafar Ashtiyeh / AFP

O Exército israelense admitiu, nesta quarta-feira (28), que falhou em impedir o ataque de colonos judeus a uma aldeia palestina na Cisjordânia ocupada em meados de agosto, um incidente que gerou protestos internacionais.

O general da divisão Avi Bluth classificou o ataque contra a aldeia de Jit, que deixou um morto, como um "ato terrorista muito grave".

"O caso não está encerrado e não se encerrará até que os autores compareçam perante a Justiça", acrescentou o oficial, citado em um comunicado do Exército referente a um relatório militar sobre o ataque.

A investigação relata que "cerca de 100 israelenses encapuzados" queimaram várias casas e automóveis em Jit no dia 15 de agosto e que as tropas demoraram pelo menos 12 minutos para chegar ao local.

"A primeira força [que chegou ao local] não conseguiu compreender totalmente a situação [...] e deveria ter atuado com mais determinação", acrescenta.

Posteriormente, os reforços chegaram e "contiveram" os agressores, continua o comunicado de imprensa.

A polícia e os serviços de inteligência israelenses anunciaram na semana passada a prisão de quatro pessoas, incluindo um menor, suspeitas de estarem envolvidas "em incidentes terroristas contra palestinos" durante o ataque a Jit.

Segundo testemunhas, centenas de colonos atacaram a localidade com facas e armas de fogo no dia 15 de agosto. De acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, um palestino de 23 anos foi morto na ocasião.