AÉREA

Ações da Azul desabam mais de 25%, e negociações são interrompidas na Bolsa

Empresa avalia opções para vencimento da dívida

Avião da Azul - Divulgação

As ações da Azul entraram em leilão durante o pregão desta quarta-feira. Às 11h22, os papéis da empresa caíam 25,52%, valendo R$ 5,40.

O mecanismo é ativado quando há forte variação no preço do papel, onde as trocas são interrompidas por um intervalo de tempo de, no mínimo, 20 minutos.

Segundo a agência Bloomberg, a Azul está avaliando opções que vão desde uma oferta de ações a um pedido de proteção contra credores nos EUA, conhecido como "Chapter 11", enquanto luta para cumprir obrigações de dívida com vencimento iminente, disseram fontes a par do assunto.

Embora um pedido de Chapter 11 esteja sendo considerado, a Azul pretende evitá-lo e está trabalhando com o Citi para uma potencial oferta de ações, disse uma das fontes. A companhia também está trabalhando com o banco como consultor sobre o potencial contrato de fusão com a Gol.

Outra opção que vem sendo estudada é a emissão de novas dívidas através da unidade de carga da Azul. Representantes do banco americano e da Azul não comentaram.

A área também trabalha para acelerar a eventual fusão com a Gol, para assim convencer os credores de que uma nova companhia combinada teria níveis mais baixos de dívida e melhores perspectivas de crescimento, disse uma das pessoas.

Mas essa abordagem é vista como menos atraente, considerando as urgentes necessidades de caixa de Azul e os fracos resultados financeiros.

A Gol entrou com pedido de Chapter 11 nos EUA, tendo que lidar com US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo e realizar mais de uma dezena de trocas de dívidas. Três outras companhias aéreas da região - Avianca, Latam e Aeromexico - entraram com o pedido em 2020, com seus respectivos processos se arrastando por anos.