TABAGISMO

Dia Nacional de Combate ao Fumo e os riscos à saúde

Segundo o Instituto Nacional do Câncer mais de 28 mil mortes foram registradas apenas em 2020, provocadas por neoplasias pulmonares oriundas do uso do tabaco

Cigarro e cinzas - Foto: André Nery/Arquivo Folha

Nesta quinta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo como forma de prevenir e conscientizar a população sobre os riscos de consumir essa substância  tão prejudicial à saúde. Neste ano, a campanha enfatiza o não consumo de tabagismo na gravidez. Porém, os malefícios trazidos pelo tabaco não se limitam à gestação e podem provocar diversas doenças, inclusive, câncer de pulmão.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 28 mil mortes foram registradas apenas em 2020, provocadas por neoplasias pulmonares oriundas do uso do tabaco. Todavia, se identificado precocemente, as chances de cura aumentam consideravelmente.

O câncer de pulmão é considerado uma doença prevenível e, tratável, se diagnosticado precocemente. O rastreamento do câncer na população de alto risco com tomografia de tórax de baixa dose, se mostrou eficaz para o diagnóstico precoce e, portanto, na redução da mortalidade. Além da importância do rastreamento e diagnóstico precoce, deve-se ter muito cuidado com o uso dos cigarros eletrônicos, principalmente entre os jovens. Precisamos nos alertar dos malefícios dos cigarros, incluindo os dispositivos eletrônicos ou vapes, como os responsáveis, imediatos ou tardios por, pelo menos, 80% dos casos de cânceres pulmonares.

Para falar mais sobre o assunto, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96.7 FM, conversou no Canal Saúde com o pneumologista, Paulo Almeida que alertou para o tabagismo na gravidez.

 

Pneumologista, Paulo Almeida. Foto: Divulgação

 
“As gestantes que fumam além de prejudicar a própria vida, ela prejudica também aquele filho que vai nascer. E os pais também devem evitar fumar próximo da mulher gestante, porque todo mundo sabe hoje que o fumo passivo também é bastante prejudicial à saúde.” alerta

 
O especialista também abordou o tema dos fumantes passivos, que são aquelas pessoas que acabam inalando a fumaça do cigarro de forma indireta.

 
“Não há menor dúvida que o fumante passivo também é exposto às substâncias tóxicas da queima do tabaco. Então você já tem provado que hoje, por exemplo, mulheres de maridos fumantes têm maior risco de desenvolver neoplasias ligadas ao tabagismo. Elas têm também o maior risco de terem a doença pulmonar obstrutiva crônica que é mais conhecida no meio médico com bronquite e enfisema. E voltando no tabagismo na gravidez, pode levar a mãe gestante a ter fetos de baixo peso e a prematuridade, ou seja, crianças que nascem prematuramente devido ao tabagismo”

 
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