BRASIL

Setor público tem déficit de R$ 21,3 bi em julho e dívida chega a R$ 78,5% do PIB

Dado do Banco Central engloba União, estados e municípios

Notas de cem reais - José Cruz/Agência Brasil

O setor público consolidado do Brasil registrou um déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira.

Os dados do setor público consolidado levam em conta os resultados fiscais de União, estados, municípios e empresas estatais (exceto setor financeiro e Petrobras)

O resultado de julho refletiu o déficit de R$ 8,6 bilhões do governo federal, que teve esse número mesmo com expansão de receitas em, somado aos déficits de R$ 11 bilhões de estados e municípios e de R$ 1,7 bilhão das estatais.

O déficit, no entanto, é menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, que teve resultado deficitário de R$ 35,8 bilhões.

No acumulado de 12 meses, o déficit é de R$ 257,7 bilhões, que corresponde a 2,29% do PIB (Produto Interno Bruto).

Ao se considerar o critério nominal, que engloba as despesas com juros da dívida pública, o déficit foi de R$ 101,5 bilhões em julho.

O resultado acontece apesar de recordes seguidos de arrecadação do governo neste ano.

Na última quinta-feira, a Receita Federal anunciou que a arrecadação tributária federal atingiu mais um recorde e somou de R$ 231,04 bilhões em julho, uma alta de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando somou R$ 210,9 bilhões.

Dívida bruta
O BC também divulgou o número da dívida bruta do Brasil em julho, que voltou a subir e atingiu 78,5% do PIB, um crescimento de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior.

O cálculo leva em conta o governo federal, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e governos estaduais e municipais. Este é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores na avaliação da saúde das contas públicas.

Segundo o BC, a variação mensal da dívida bruta foi puxada para cima pelos juros nominais apropriados (alta de 0,7 pontos percentuais) e pelas emissões líquidas (aumento de 0,4 pontos percentuais). Enquanto isso, o PIB nominal teve redução de 0,5 pontos percentuais.

Dívida líquida
Enquanto isso, a dívida líquida, que desconsidera os ativos do governo, teve reduziu a 61,9% do PIB em julho, um recuo de 03, ponto percentual em comparação com o mês anterior.