FÓRUM NORDESTE 2024

Fórum Nordeste traz debate mundial para o Recife. Confira programação

A transição energética, foco dos principais fóruns internacionais atuais, está na programação do evento que acontece nesta segunda-feira (2)

Fórum Nordeste discute a transição energética - Freepik

A transição energética é um assunto que domina o mundo. No âmbito de geração de energias renováveis, o Brasil é protagonista. Para colocar essas discussões em evidência, o Fórum Nordeste, realizado pelo Grupo EQM, presidido por Eduardo de Queiroz Monteiro, acontece na próxima segunda-feira (2). 

Na sua 13ª edição, o evento é um grande player de debate sobre os desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energia limpa.

Grupo EQM, presidido por Eduardo de Queiroz Monteiro, abre espaço para discutir transição energética (Foto: Alfeu Tavares)

O Fórum acontece das 8h às 17h, no Mirante do Paço, no Bairro do Recife. Durante todo o dia, os convidados poderão conferir seis painéis com palestrantes e mediadores especialistas nos mais diversos temas que envolvem a transição energética. 


De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) e presidente executivo da NovaBio (Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia), Renato Cunha, o papel aglutinador do Fórum Nordeste cria uma perspectiva de investimentos para a região.

“O Fórum reúne palestras que envolvem investidores, empreendedores, especialistas do setor, e a academia com os professores das universidades”, afirmou. 


Ao longo dos anos, o evento ganhou notoriedade no cenário nacional, com a presença de autoridades políticas.

“Eu acho que o Fórum tem essa capacidade de andar em sintonia. É importante que se valorize todo o trabalho de regulação que está sendo feito no Congresso Nacional e é importante a integração para que essas leis não fiquem numa discrepância com a realidade dos investimentos”, disse Cunha. 

 

Renato Cunha defende que é preciso transparência no processo da Reforma Tributária (Foto: Paullo Almeida)

Para o presidente da Datagro, Plínio Nastari, a ocasião reúne as maiores expressões dos setores público e privado.

“O Fórum Nordeste, organizado pelo Grupo EQM, já se consolidou como o maior evento do setor sucroenergético no Nordeste e é uma oportunidade inigualável para que se realize o planejamento das atividades do setor no médio e longo prazo. É um evento que reúne formuladores de políticas públicas, empresários, fornecedores de equipamentos, trading companies, cientistas e academia”, pontuou Nastari. 

Programação 
Na solenidade de abertura, às 9h, os convidados assistem aos discursos de autoridades e a entrega do prêmio Fórum Nordeste.

Em seguida, às 10h15, ocorre o primeiro painel com o tema “Reforma Tributária e sua Importância para o Ambiente de Negócios do Brasil”, ministrado pelo secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, e com mediação de Renato Cunha. 

Na reforma tributária, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS) substituem cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS), como uma forma de simplificação.

“A gente tem que conviver com o advento da reforma e é importante que haja uma grande transparência desse momento importante do Brasil, que vai também ocorrer nos próximos 10 anos”, reiterou Cunha. 

Na sequência, às 11h30, o vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, João Irineu Medeiros, aborda “Estratégia de Descarbonização e Desenvolvimento Local”. A mediação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), André Luiz Baptista Lins Rocha. 

A descarbonização está em evidência em setores fundamentais como na indústria, transporte e na geração de energia e é um dos processos importantes para a transição energética mundial.

A Stellantis, responsável pelo desenvolvimento do polo automotivo de Goiana, vem liderando esse processo não só no Estado, mas em âmbito internacional e tem investido em novas soluções voltadas que podem ser replicadas em outros segmentos industriais.

Custos
Já às 12h30, os convidados conferem o painel “Eletrificação da Economia e Mercado Livre: Descarbonização com Redução de Custos da Cadeia Produtiva”, com palestra do gerente de departamento de Soluções Verdes Industriais da Neoenergia, Phyllipe Pinheiro Morais, e mediação da diretora Comercial em Negócio Liberalizado, Rita Knop. 

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o primeiro semestre de 2024 fechou com incremento de 5,7 Giga watts (GW) de potência instalada na matriz elétrica brasileira.

O aumento representa um recorde dos últimos 27 anos. Segundo a agência, o crescimento foi puxado pelas 168 novas usinas que entraram em operação nesse período.

Com o presidente da Datagro, Plínio Nastari, às 14h30, acontece o painel “O Potencial do Brasil na Transição Energética”. A mediação é do presidente do Sindaçúcar Alagoas e vice-presidente do Coagro, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Pedro Robério Nogueira. 

No Brasil, quase metade da energia disponibilizada (49,1%) vem de fontes renováveis, enquanto as fósseis somam 50,9% da matriz energética, de acordo com o Balanço Energético Nacional 2024, ano-base 2023, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

“O potencial [do Brasil na transição energética] é muito expressivo, porque o mundo inteiro está enfrentando o desafio da segurança alimentar e da segurança energética. Os biocombustíveis produzidos de forma sustentável e certificados representam uma alternativa viável, acessível no preço, de implementação imediata, escalável, que permite a descarbonização de uma série de setores e atividades, seja na área de transportes, quanto em produtos estratégicos industriais que ainda enfrentam dificuldade para promover descarbonização”, explicou Plínio Nastari. 

O 5º painel do dia acontece às 15h15 abordando “O Gás Natural como Agente na Transição Energética”, com o diretor técnico comercial da Copergás, Roberto Zanella. A mediação é de Plínio Nastari. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), desde 2010, a adoção do gás natural tem contribuído para limitar o crescimento das emissões globais de gases de efeito estufa. 

Por fim, às 16h15, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, realiza a palestra “Avanços no Brasil Rumo a uma Economia de Baixo Carbono”. A mediação é do economista e diretor de Inteligência Setorial da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica/SP), Luciano Rodrigues. Uma economia de baixo carbono é caracterizada pela redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas à produção e ao consumo de bens e serviços. 

O Fórum Nordeste 2024 é patrocinado pelo Grupo Neoenergia, Banco do Nordeste (BNB), Copergás, Caixa Econômica Federal, Sudene, FMC, Grunner, Cahu Beltrão e apoiado pelo Governo de Pernambuco, Fertine e NovaBio.

O apoio técnico é do Sindicato da Indústria do Açúcar e do álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE).



CONFIRA PROGRAMAÇÃO: