Guerra

ONU pede investigação independente após "execução sumária" de reféns israelenses

Território palestino é cenário de uma guerra devastadora entre Israel e o movimento islamista Hamas há quase onze meses

Protesto antigovernamental pedindo ação para garantir a libertação dos reféns israelenses mantidos em cativeiro por militantes palestinos na Faixa de Gaza - Jack Guez/AFP

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos apelou, nesta terça-feira (3), para uma investigação "independente, imparcial e transparente" sobre a "execução sumária" dos seis reféns israelenses na Faixa de Gaza, em uma mensagem na rede X.

"Estamos horrorizados com os relatos de que grupos armados palestinos realizaram uma execução sumária de seis reféns israelenses, o que constituiria um crime de guerra", escreveu o alto comissário, Volker Turk, que também pediu que os responsáveis sejam "responsabilizados".

O Exército israelense anunciou no domingo a descoberta, em um túnel na Faixa de Gaza, dos corpos de seis reféns que, segundo ele, foram assassinados "à queima-roupa" pelo Hamas.

 O território palestino é cenário de uma guerra devastadora entre Israel e o movimento islamista Hamas há quase onze meses.

Segundo um membro do Hamas, que falou sob condição de anonimato, os seis reféns foram "mortos por tiros e bombardeios do ocupante".

Durante o ataque do Hamas a Israel, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza em 7 de outubro, 251 pessoas foram sequestradas, 97 continuam detidas em Gaza, das quais 33 foram declaradas mortas pelo Exército.

Este ataque resultou na morte de 1.205 pessoas do lado israelense, a maioria civis.

Em resposta, Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre em Gaza, que até agora deixou pelo menos 40.819 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

A maioria são mulheres e menores, segundo a ONU.