União Europeia

Borrel rejeita ordem de prisão contra candidato da oposição venezuelana

Ministério Público da Venezuela solicitou a prisão de Edmundo González Urrutia presidencial da oposição por supostos crimes associados às eleições

chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell - John Thys/AFP

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, rejeitou nesta terça-feira (3) a ordem de prisão emitida contra o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, rival do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.

"Rejeito categoricamente a ordem de prisão contra @EdmundoGU e faço um apelo às autoridades venezuelanas para que respeitem a sua liberdade, integridade e direitos humanos", disse Borrell em uma mensagem na rede social X.

"Chega de repressão e assédio à oposição e à sociedade civil. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada", acrescentou.

Na segunda-feira, o Ministério Público da Venezuela solicitou a prisão do candidato presidencial da oposição por supostos crimes associados às eleições, incluindo "desobediência das leis" e "conspiração".

A medida ocorreu após o desacato de González Urrutia a três convocações para depor ao MP.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também condenou o mandado de prisão, acusando a Venezuela de tentar "sufocar a liberdade".

Tajani convocou o encarregado da embaixada da Venezuela em Roma para expressar "a grande preocupação da Itália" com a situação no país sul-americano, segundo um comunicado da chancelaria.

"As autoridades venezuelanas devem tornar públicos os resultados das eleições. O povo venezuelano tem o direito de decidir livremente o seu destino", reforçou Tajani.

Na última quinta-feira, Borrel declarou em nome dos chefes de diplomacia da UE que o bloco desconhecia a "legitimidade democrática" da proclamada vitória de Maduro nas eleições.

Entretanto, os ministros europeus não chegaram a um acordo para reconhecer a vitória de González Urrutia. A oposição venezuelana afirma que seu candidato foi o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais.