Industria

Durante visita ao Estado, Alckmin recebe manifesto da Abeaço contra alta das alíquotas de folhas aço

Documento relata preocupações das entidades com desemprego e retração econômica como consequência do aumento das alíquotas de importação de folhas metálicas

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin - Tomaz Silva/Agência Brasil

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, esteve em Pernambuco na última segunda-feira (2) para a 13º edição do Fórum Nordeste, realizado pelo Grupo EQM. Durante a visita ao Estado, Alckmin recebeu o manifesto de um grupo de organizações públicas e privadas liderado pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), que se posiciona contra o processo “antidumping” movido pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). 

Documento relata preocupações das entidades com desemprego e retração econômica como consequência do aumento das alíquotas de importação de folhas metálicas, matéria-prima das latas de alimentos e tintas.

O documento entregue ao vice, que também está a frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, declara oposição às iniciativas que podem elevar os preços das embalagens de aço. 

“As consequências do ato desestruturarão as economias locais, gerando desemprego e a retração econômica nas regiões. Entramos em defesa do setor e da cadeia regional de fabricantes de embalagens de aço, que garante cerca de 25 mil empregos diretos e 100 mil empregos indiretos em todo o Brasil”, explica Thais Fagury, presidente-executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço).

Contexto

No começo do ano, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX /CAMEX) deliberou que as folhas metálicas utilizadas para embalagens de alimentos e produtos para a construção civil não sofreriam alteração nas alíquotas de importação.

A Abeaço havia reforçado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que uma postura contrária teria impactos sobre os preços de alimentos, entre eles alguns que fazem parte da cesta básica, como sardinha, vegetais (milho, ervilha, seleta de legumes, entre outros) e leite em pó; além de outros materiais da construção civil tradicionalmente embalados em latas de aço.