7 DE SETEMBRO

Grito dos Excluídos e das Excluídas: multidão comemora 30 anos de resistência da caminhada

Evento teve concentração no bairro de Santo Amaro, no centro do Recife

Evento aconteceu neste sábado (7) - Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Completando 30 anos de existência, na manhã deste sábado (7), o Grito dos Excluídos e das Excluídas arrastou centenas de pessoas pelas ruas do centro do Recife.

Os manifestantes se concentraram no Parque Treze de Maio, no bairro de Santo Amaro, também na área central da cidade, para protestar contra desigualdades sociais e a degradação do meio ambiente.

Com o tema "Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?", o grupo levantou a discussão que volta os olhares para a preservação de além do sentido humano.

A organizadora da passeata, Sandra Gomes, pontuou, em entrevista à Folha de Pernambuco, que o movimento é pensado durante todo o ano para que culmine no resultado que dá em todos os dias 7 de setembro.

"Essa ideia começou a ser pensada em 1994. Naquela época, a situação do povo brasileiro era muito precária. Era muito desemprego e muita exclusão. A gente pensou em fazer um evento de denúncias, nas ruas, de toda aquela situação, com proposta de termos uma sociedade mais justa. O ato de hoje foi apenas de juntar todo mundo, mas ele acontece o ano todo", pontuou ela.

Retrospectiva
Logo no início da caminhada, ainda na concentração, uma encenação mostrou 30 cartazes com todos os temas do Grito dos Excluídos e Excluídas.

Embora o evento tenha sido iniciado no Brasil em 1994, a primeira edição no Recife aconteceu em 1995, com o tema “A Vida em Primeiro Lugar”. O momento foi organizado pelo Grupo Turma do Flau, de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife.

Conflitos internacionais
Ainda em Santo Amaro, a artista Rosália Nascimento encenou um momento que relembrou a crise humanitária na Palestina e Faixa e Gaza, por causa dos conflitos entre o grupo Hamas e Israel.