Coprodução brasileira "Alma do deserto" ganha prêmio Queer Lion no Festival de Veneza
Parceria entre Brasil e Colômbia leva troféu de melhor filme com temática LGBTQIA+
Realizado numa coprodução entre Brasil e Colômbia, "Alma do Deserto" venceu o prêmio Queer Lion, que reconhece o melhor filme com temática LGBTQIA+ do Festival de Veneza.
Dirigido pela cineasta colombiana Mônica Taboada-Tapia, o documentário acompanha a luta de Georgina, uma mulher trans da etnia Wayúu, para ter sua identidade reconhecida.
Depois de vizinhos atearem fogo em sua casa e queimarem seus documentos, Georgina parte em uma jornada para emitir uma nova carteira de identidade e, assim, poder exercer direitos civis fundamentais.
Ao justificar o prêmio, o júri do Queer Lion disse que o "Alma do Deserto" aborda "questões complexas relacionadas à identidade de gênero, etnia, cidadania e direitos civis a partir de um olhar cinematográfico poderoso, que transcende o gênero documental".
Outros sete filmes estavam na disputa pelo prêmio: "Queer", de Luca Guadagnino; "Love", de Dag Johan Haugerud; "El Jockey", de Luis Ortega; "Pooja, Sir", de Deepak Rauniyar; "Diciannove", de Giovanni Tortorici; "Peaches Goes Bananas", de Marie Losier; e "Paul and Paulette Take a Bath", de Jethro Massey.
Outra produção brasileira, "Manas", dirigida por Marianna Brennand, recebeu o principal troféu da seção Giornate degli Autori.