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Por que as mulheres no Japão ganham muito menos do que os homens?

Nas empresas com mais de mil funcionários, disparidade chega a 32%.

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A diferença salarial entre os gêneros no Japão levará quase 30 anos para atingir a média dos demais países ricos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo relatório publicado nesta segunda-feira pelo banco JPMorgan Chase.

Segundo dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão compilados pelo JPMorgan, a disparidade de remuneração entre homens e mulheres em empresas japonesas com mais de mil funcionários era de 32% no fim de agosto.

E essa disparidade vem caindo a passos muito lentos. Em agosto, era só 0,4% menor do que em fevereiro - exatamente mesmo ritmo verificado nos últimos 20 anos.

O Japão tem a maior diferença entre os países do G-7, com um valor mais que o dobro da média da OCDE. Entre os setores, a indústria de telecomunicações apresentou a menor diferença, cerca de 23%, enquanto as empresas de finanças e seguros tiveram as maiores, em torno de 46%.

Das empresas que integram os principais índices de ações no Japão, a Fanuc e a Keyence registram algumas das maiores disparidades, com 63% e 59%, respectivamente, enquanto a Kao e a East Japan Railway estão entre as menores, com 11% e 12%, segundo o JP Morgan.

Apesar de algum progresso, o ritmo lento de melhoria no Japão significa que levará quase 30 anos para alcançar o patamar de outros países da OCDE, escreveram os estrategistas do JPMorgan.

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Embora movimentos recentes tenham ajudado a engajar o mercado corporativo loca em questões como a falta de diretoras mulheres, o relatório enfatiza a necessidade de acelerar a redução da disparidade salarial entre homens e mulheres.