TECNOLOGIA

Na mira da justiça americana, Google coleciona processos antitruste. Veja as ações mais emblemáticas

Outras Big Techs também estão sendo investigadas por práticas anticoncorrenciais

Google - Josh Edelson/AFP

As gigantes do Vale do Silício estão cada vez mais na mira da justiça americana e uma delas, em especial, já sofreu decisões do tribunal ou tem julgamentos em andamento.

É o caso do Google, uma das companhias mais longevas surgida nos anos 2000 que construiu um império no ambiente digital e acumula ao menos três grandes processos no país.

Sua batalha mais recente foi a acusação pelo Departamento da Justiça dos EUA (DOJ) de monopolizar o mercado de anúncios digitais, um setor avaliado em US$ 677 bilhões, segundo a consultoria Emarketer. Mas este não é o único episódio que pode prejudicar os negócios da empresa.

Veja as ações mais emblemáticas contra o Google e o que ainda pode surgir contra outras Big Techs:

Monopólio do mercado de anúncios digitais
O Departamento iniciou nesta semana o julgamento da ação civil antitruste aberta em janeiro de 2023 por oito estados dos EUA. Eles acusam o Google de ter comprado rivais e ter criado um monopólio para controlar os principais produtos de publicidade digital.

A queixa alega que a companhia teve um comportamento anticompetitivo ao dominar tanto as ferramentas usadas por editores de sites para espaço publicitário, quanto usadas por anunciantes para comprar esse espaço. Além disso, a empresa controla o mercado de troca desses anúncios. O Google lucrou cerca de US$ 31,3 bilhões com o mercado de anúncios digitais em 2023 do total de US$ 260 bilhões em receita da Alphabet, controladora da empresa.

Monopólio do mercado de buscas
Esta é a terceira grande batalha do Google na justiça americana nos últimos anos. Em agosto, um juiz federal decidiu que a empresa usou táticas anticompetitivas para monopolizar o mercado de buscas. O resultado veio quase quatro anos após o início do processo. A queixa foi aberta pelo DOJ em outubro de 2020.

Práticas anticoncorrenciais na loja de apps
Em dezembro do ano passado, outra decisão afetou outro braço de receita da empresa: o Google Play, loja de aplicativos. O tribunal decidiu que a empresa violou as leis antitruste ao cobrar taxas e limitar a concorrência na loja de apps.

A decisão representou uma derrota à gigante de tecnologia e uma vitória à desenvolvedora de jogos Epic Games e demais empresas do setor, que alegaram que o Google e a Apple praticavam comissão abusiva sobre a venda de seus aplicativos de jogos e praticavam “duopólio”.

O juiz James Donato, responsável pelo caso, agora decidirá até o ano que vem o que o Google precisa alterar, em termos de regras da Play Store, para permitir que outras empresas ofereçam lojas de aplicativos concorrentes e facilite os negócios aos desenvolvedores.

O Departamento iniciou nesta semana o julgamento da ação civil antitruste aberta em janeiro de 2023 por oito estados dos EUA. Eles acusam o Google de ter comprado rivais e ter criado um monopólio para controlar os principais produtos de publicidade digital.

A queixa alega que a companhia teve um comportamento anticompetitivo ao dominar tanto as ferramentas usadas por editores de sites para espaço publicitário, quanto usadas por anunciantes para comprar esse espaço. Além disso, a empresa controla o mercado de troca desses anúncios. O Google lucrou cerca de US$ 31,3 bilhões com o mercado de anúncios digitais em 2023 do total de US$ 260 bilhões em receita da Alphabet, controladora da empresa.