Na mira da justiça americana, Google coleciona processos antitruste. Veja as ações mais emblemáticas
Outras Big Techs também estão sendo investigadas por práticas anticoncorrenciais
As gigantes do Vale do Silício estão cada vez mais na mira da justiça americana e uma delas, em especial, já sofreu decisões do tribunal ou tem julgamentos em andamento.
É o caso do Google, uma das companhias mais longevas surgida nos anos 2000 que construiu um império no ambiente digital e acumula ao menos três grandes processos no país.
Sua batalha mais recente foi a acusação pelo Departamento da Justiça dos EUA (DOJ) de monopolizar o mercado de anúncios digitais, um setor avaliado em US$ 677 bilhões, segundo a consultoria Emarketer. Mas este não é o único episódio que pode prejudicar os negócios da empresa.
Veja as ações mais emblemáticas contra o Google e o que ainda pode surgir contra outras Big Techs:
Monopólio do mercado de anúncios digitais
O Departamento iniciou nesta semana o julgamento da ação civil antitruste aberta em janeiro de 2023 por oito estados dos EUA. Eles acusam o Google de ter comprado rivais e ter criado um monopólio para controlar os principais produtos de publicidade digital.
A queixa alega que a companhia teve um comportamento anticompetitivo ao dominar tanto as ferramentas usadas por editores de sites para espaço publicitário, quanto usadas por anunciantes para comprar esse espaço. Além disso, a empresa controla o mercado de troca desses anúncios. O Google lucrou cerca de US$ 31,3 bilhões com o mercado de anúncios digitais em 2023 do total de US$ 260 bilhões em receita da Alphabet, controladora da empresa.
Monopólio do mercado de buscas
Esta é a terceira grande batalha do Google na justiça americana nos últimos anos. Em agosto, um juiz federal decidiu que a empresa usou táticas anticompetitivas para monopolizar o mercado de buscas. O resultado veio quase quatro anos após o início do processo. A queixa foi aberta pelo DOJ em outubro de 2020.
Práticas anticoncorrenciais na loja de apps
Em dezembro do ano passado, outra decisão afetou outro braço de receita da empresa: o Google Play, loja de aplicativos. O tribunal decidiu que a empresa violou as leis antitruste ao cobrar taxas e limitar a concorrência na loja de apps.
A decisão representou uma derrota à gigante de tecnologia e uma vitória à desenvolvedora de jogos Epic Games e demais empresas do setor, que alegaram que o Google e a Apple praticavam comissão abusiva sobre a venda de seus aplicativos de jogos e praticavam “duopólio”.
O juiz James Donato, responsável pelo caso, agora decidirá até o ano que vem o que o Google precisa alterar, em termos de regras da Play Store, para permitir que outras empresas ofereçam lojas de aplicativos concorrentes e facilite os negócios aos desenvolvedores.
O Departamento iniciou nesta semana o julgamento da ação civil antitruste aberta em janeiro de 2023 por oito estados dos EUA. Eles acusam o Google de ter comprado rivais e ter criado um monopólio para controlar os principais produtos de publicidade digital.
A queixa alega que a companhia teve um comportamento anticompetitivo ao dominar tanto as ferramentas usadas por editores de sites para espaço publicitário, quanto usadas por anunciantes para comprar esse espaço. Além disso, a empresa controla o mercado de troca desses anúncios. O Google lucrou cerca de US$ 31,3 bilhões com o mercado de anúncios digitais em 2023 do total de US$ 260 bilhões em receita da Alphabet, controladora da empresa.