Wall Street fecha em alta após movimento de compra e bons preços
O índice Dow Jones subiu 0,58%, o tecnológico Nasdaq ganhou 1,00% e o índice ampliado S&P 500 avançou 0,75%
A bolsa de Nova York fechou em alta nesta quinta-feira (12), impulsionada por uma nova onda de compras a bons preços e indicadores que reforçam a ideia de uma economia resiliente e uma inflação sob controle.
O índice Dow Jones subiu 0,58%, o tecnológico Nasdaq ganhou 1,00% e o índice ampliado S&P 500 avançou 0,75%. Os dados econômicos do dia foram bem recebidos pelo mercado.
O índice de preços no atacado nos Estados Unidos, que mede a inflação do lado dos produtores, registrou uma queda acentuada em 12 meses até agosto.
O aumento foi de 1,7% em agosto, frente a 2,1% em julho, na medição anualizada, de acordo com o índice PPI do Departamento de Comércio.
Em um mês, a alta foi de 0,2% em agosto em relação a julho, o mesmo número observado de julho a junho, e conforme o esperado pelo mercado.
No entanto, excluindo os preços mais voláteis de alimentos e energia, o PPI subjacente voltou a subir, atingindo 3,3% em 12 meses até agosto, em comparação com 3,2% em julho.
Para Michael Pearce, da Oxford Economics, o PPI e o IPC publicados na quarta-feira, que mostraram uma inflação geral em desaceleração em 12 meses, sugerem que o índice mais acompanhado pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), o PCE, terá desacelerado claramente em agosto.
"Com a queda dos preços da gasolina" em agosto, "a inflação pode estar a caminho de voltar a 2% em setembro", ou seja, a meta de longo prazo do Fed.
Além disso, os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos ficaram em linha com as expectativas do mercado.
"Os indicadores validam um cenário de pouso suave [queda da inflação sem recessão] para a economia" dos EUA, afirmou Patrick O'Hare, da Briefing.com.
O'Hare explicou que a alta nas ações das gigantes de tecnologia durante o dia ajudou a impulsionar o mercado.
A Nvidia subiu 1,91% no fechamento, enquanto a Meta (+2,69%) e a Alphabet (+2,23%) também avançaram.
"Alguns têm medo de perder o bonde" e deixar passar valores ainda atraentes, destacou O'Hare.
Por outro lado, o grupo farmacêutico Moderna despencou 12,36% após uma revisão para baixo de 20% no volume de orçamento destinado à pesquisa e desenvolvimento para o período de 2025 a 2028.