PIB

Governo aumenta previsão de crescimento do PIB e da inflação neste ano

Fazenda tem como cenário retorno para bandeira amarela apenas em dezembro

Fachada do Ministério da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília - Edu Andrade/ASCOM/MF

O Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de uma alta de 2,5% para 3,2% neste ano, após dados positivos do desempenho da economia brasileira neste ano. Enquanto isso, a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, também aumentou, de 3,90% para 4,25% em 2024. Esse valor é próximo do teto da meta da inflação, de 4,5%.

As informações constam no Boletim Macrofiscal, divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta sexta-feira.

A última revisão havia sido feita pelo governo em junho.

A estimativa de crescimento foi revisada pelo governo após um desempenho da economia brasileira acima do esperado no segundo trimestre do ano, em que o PIB cresceu 1,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

“Após a divulgação do PIB do segundo trimestre, o carregamento estatístico para o crescimento do ano passou a ser de 2,5%.

A projeção de 3,2% incorpora projeções de crescimento para os próximos dois trimestres, embora em ritmo inferior ao observado nos trimestres anteriores”, diz o boletim.

Segundo os técnicos do mnistério, a previsão de crescimento dos principais setores da economia também foi revisada, com destaque para o setor da indústria, que passou de uma alta de 2,6% para 3,5%.

No caso da inflação, o governo espera que o IPCA volte a cair no acumulado em doze meses após outubro.

Essa desaceleração era esperada para o mês de agosto, no entanto, essa expectativa foi frustrada com a seca, que motivou o aumento dos preços das tarifas de energia.

"A mudança para bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia em setembro, em função do alto percentual de acionamento do parque elétrico nacional, modificou a trajetória prevista para a inflação até o final do ano. O cenário para inflação contempla retorno para bandeira amarela apenas em dezembro", afirma.