Oito mortos e mais de 2 mil feridos em explosões em Beirute
Hezbollah acusa Israel pelo ataque que deixou uma menina de dez anos entre os mortos; Embaixador iraniano no Líbano ficou ferido
Oito pessoas morreram e cerca de 2.750 ficaram feridas" devido à explosão, nesta terça-feira (17), de dispositivos de mensagem 'pager' pertencentes a membros do movimento islamista pró-Irã Hezbollah no Líbano, anunciou o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad.
Os bips ou pagers, aparelhos de comunicação que não precisam de cartão SIM nem de conexão à internet, explodiram quase que simultaneamente em várias regiões do país onde o grupo está estabelecido. Segundo o ministro, a maioria das vítimas apresenta ferimentos "no rosto, nas mãos, no abdômen e até mesmo nos olhos. Entre os mortos, está uma menina de 10 anos, filha de um membro do movimento islamista Hezbollah no Líbano.
De acordo com a AFP, o Hezbollah acusa Israel pelos ataques. O governo israelsense, por enquanto, não se manifestou.
Embaixador iraniano ferido
O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, ficou ferido em uma das explosões, informou a televisão estatal iraniana, que acrescentou que o diplomata "está consciente".
Uma fonte próxima ao Hezbollah atribuiu as explosões a um ataque cibernético "israelense".
Este é o primeiro incidente deste tipo desde que o Hezbollah, um aliado do grupo palestino Hamas, e Israel se enfrentaram em duelos de artilharia quase diários após a eclosão da guerra em Gaza, há quase um ano.
Explosões
O ministro libanês da Saúde, Firass Abiad, disse à AFP que "centenas de pessoas ficaram feridas em diferentes regiões do Líbano" devido à explosão dos seus 'pagers'.
"Centenas de membros do Hezbollah ficaram feridos pela explosão simultânea dos seus pagers" no sul de Beirute, no sul do Líbano e no Vale do Beca, áreas que são redutos do movimento islamista, disse à AFP uma fonte próxima do partido.
Um jornalista da AFP no Vale do Beca informou que "dezenas de feridos" foram levados ao hospital. Um correspondente na cidade de Sidon indicou que dezenas de ambulâncias chegaram aos centros de saúde.
A agência oficial de notícias do Líbano (ANI) relatou "um incidente de segurança sem precedentes nos subúrbios ao sul de Beirute e em várias regiões libanesas", que atribuiu ao "inimigo" israelense.
A agência afirmou que o sistema "foi hackeado com alta tecnologia".
O movimento Hezbollah pediu aos seus membros que parassem de usar celulares para evitar o risco de intercepção por parte de Israel.
Sendo assim, o partido instalou um sistema de pagers, que não necessita de cartões SIM ou conexão com a internet, para se organizar e convocar seus integrantes para ingressar em suas unidades.
A Cruz Vermelha libanesa informou que está em "alerta máximo" em um comunicado publicado na rede social X.
(Esta matéria está em atualização)