MUNDO

Nove mortos em explosão de aparelhos de comunicação no leste do Líbano

Aparelhos estariam sendo usados pelo Hezbollah e adquiridos há 5 meses

Esta foto tirada de uma posição no norte de Israel, na fronteira com o Líbano, mostra fumaça saindo durante o bombardeio israelense de uma área do sul do Líbano - Jalaa Maarey/AFP

Nove pessoas pessoas morreram nesta quarta-feira (18) após novas explosões de aparelhos de comunicação no Líbano, que seriam de integrantes do grupo Hezbollah. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde do Líbano.

As vítimas morreram devido às explosões de "aparelhos de transmissão" em Sohmor, no leste do país, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANI).

O Ministério da Saúde informou "mais de cem feridos em uma nova onda de explosões de walkie-talkies".

De acordo com uma fonte próxima ao movimento e a Agência Nacional de Informação (ANI) à AFP, os aparelhos seriam Walkies-talkies, que são pequenos aparelhos de rádio para a comunicação entre duas ou mais pessoas, explodiram em redutos do grupo islamista ao sul e ao leste do país.

A fonte afirmou que "vários walkie-talkies explodiram no subúrbio do sul de Beirute", onde acontecem os funerais de membros do Hezbollah que morreram na véspera devido à explosão de equipamento de comunicação de membros do grupo pró-iraniano.

Correspondentes da AFP relataram, por sua vez, explosões em Sidon (sul) e Balbeque (leste).

As novas explosões acontecem um dia depois de outras explosões de "pagers" em regiões da capital, Beirute, que deixaram 12 mortos e 2.800 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.

Reação da ONU
Os "objetos civis" não deveriam ser transformados em armas, disse, nesta quarta-feira (18), o secretário-geral da ONU, António Guterres, em reação ao ataque mortal com 'pagers' contra membros do movimento pró-iraniano Hezbollah no Líbano.

"É muito importante que haja um controle eficaz dos objetos civis para não transformá-lo em armas. Esta deveria ser uma regra para todos no mundo, que os governos deveriam ser capazes de aplicar", disse Guterres à imprensa.

 

(Esta matéria está em atualização)