Petróleo fecha em baixa, apesar de corte de juros do Fed e tensões geopolíticas
Commerzbank acredita que se Opep insistir em elevar a produção de petróleo em 2025, os preços devam cair mais
O petróleo fechou em baixa modesta nesta quarta-feira, 18, após operar volátil durante toda a sessão e em correção de ganhos recentes.
Investidores de energia digeriam o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio e a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de cortar o juro básico americano em 0,5 ponto porcentual.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,11% (US$0,08), a US$ 69,88 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,06% (US$0,05), a US$ 73,65 o barril.
A sessão foi negativa para o petróleo nos primeiros negócios do dia, à medida que persistentes preocupações sobre a demanda se sobrepõem aos riscos à oferta.
O ANZ Research diz que dados macroeconômicos fracos têm pesado sobre o consumo da commodity, que também enfrenta os efeitos do fim do verão americano, que costuma ser o período de mais forte demanda.
O ativo ganhou fôlego limitado pela manhã e chegou a flertar com o território positivo, após dados semanais do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrarem queda além do esperado nos estoques da commodity e aumento nas reservas de gasolina e destilados abaixo do previsto.
Dando algum suporte para o metal, também entraram no radar notícias sobre novas explosões no Líbano, em uma escalada das tensões que ameaça o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Entretanto, o petróleo voltou a cair, após o Fed cortar taxas de juros, mas sinalizar que continua monitorando perspectivas econômicas e que não há trajetória pré-definida para a flexibilização monetária.
Para o Commerzbank, a demanda pela commodity segue enfraquecida, com a China, que era impulsionadora, se tornando detratora.
Ademais, o banco acredita que, caso a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) insista em elevar sua produção de petróleo no ano que vem, os preços devem ceder ainda mais.