Portugal declara estado de calamidade com incêndios fora do controle
Primeiro-ministro português, Luís Montenegro, também apelou aos investigadores da polícia para que redobrem os seus esforços para encontrar os autores dos incêndios
Mais de cem incêndios florestais levaram milhares de bombeiros ao limite no norte de Portugal, nesta quarta-feira, 18, com sete mortes desde que a pior onda de incêndios dos últimos anos se espalhou e ficou fora de controle no fim de semana.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, declarou estado de calamidade nas zonas mais atingidas na noite de terça-feira, invocando poderes para mobilizar mais bombeiros e funcionários públicos.
O premiê também apelou aos investigadores da polícia para que redobrem os seus esforços para encontrar os autores dos incêndios e prometeu ajuda aos que perderam as suas casas ou foram evacuados.
"Estamos bem cientes de que estas horas difíceis ainda não terminaram", disse Montenegro à nação em um discurso televisionado.
"Temos que continuar a dar tudo o que temos e pedir ajuda aos nossos parceiros e amigos para que possamos reforçar a proteção das nossas pessoas e bens."
O serviço europeu de satélite Copernicus informou que mais de 15 000 hectares foram queimados até a noite de terça-feira, 17.
O calor e as condições secas por trás dos surtos em Portugal coincidiram com as inundações na Europa Central nesta semana.
A União Europeia afirmou, na quarta-feira, que os fenômenos meteorológicos extremos simultâneos são a prova de um "colapso climático".
As forças militares espanholas enviaram 240 soldados e veículos dos seus batalhões de resposta a emergências especializados no combate a incêndios ao país vizinho.
França, Itália e Marrocos também responderam ao pedido de ajuda feito por Portugal.