OPERAÇÃO SOPLÓN

Suspeitos de roubo e revenda de fios de cobre são alvo de operação em Pernambuco

Investigações sobre a atuação do bando começaram em abril deste ano, após homens armados renderem vigilantes de uma construção na praia de Muro Alto, em Ipojuca

Presos na deflagração da operação foram encaminhados à sede do Depatri, no Recife - Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação

Uma organização criminosa suspeita de roubo, receptação qualificada e lavagem de dinheiro é alvo da Operação Soplón, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Civil de Pernambuco. O grupo é especializado em roubo e revenda de fios de cobre.

A corporação informou que foram cumpridos cinco mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Olinda, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes e Ipojuca, todas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Todas as ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal da Comarca de Ipojuca.

Presos e materiais foram conduzidos à sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no bairro de São José, área central do Recife.

As investigações sobre a atuação do bando começaram em abril deste ano, após homens armados renderem vigilantes de uma construção na praia de Muro Alto, em Ipojuca.

Usando caminhões, os criminosos roubaram fios de cobre da construção. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, a quadrilha causou um prejuízo de R$ 70 mil na ocasião. 

"Apreendemos com quem acreditamos ser o líder desse grupo criminoso cerca de R$ 21 mil; ele foi preso em sua residência. Cumprimos mandados de busca no ferro-velho dele e nas casas de outros envolvidos", explicou o delegado Ney Rodrigues, titular da Delegacia de Porto de Galinhas, em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (19), no Recife. 

Ainda segundo o delegado, funcionário da obra de um condomínio em Porto de Galinhas estaria repassando informações à quadrilha. 

"Com as informações ao longo das investigações, conseguimos também impedir um roubo que seria praticado por eles. Um funcionário de uma obra de um grande condomínio estaria passando informações acerca desse material", completou Ney Rodrigues.

A polícia identificou movimentações de cerca de R$ 8 milhões realizadas pelo grupo desde 2018. "É um comércio bastante lucrativo, que acaba fomentando o furto desse material", disse o delegado. 

O delegado também contou que os criminosos têm fichas extensas, inclusive por roubos a bancos. A polícia segue trabalhando para identificar outros membros da organização criminosa. 

A operação contou com o apoio operacional do Comando de Operações e Recursos Especiais (Core) e Grupamento Tático Aéreo (GTA) e investigações assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Dintel).