Fabricante do jogo "Cartas Contra a Humanidade" processa SpaceX e pede US$ 15 milhões
Uma ação apresentada na quinta-feira no Texas alega que a SpaceX invadiu um terreno da Cards Against Humanity LLC
Os criadores do irreverente jogo "Cartas Contra a Humanidade" processaram a SpaceX, empresa de Elon Musk, por 15 milhões de dólares (82,7 milhões de reais), acusando-a de ter despejado "brita, tratores e lixo espacial" em uma de suas propriedades entre o Texas e o México.
Uma ação apresentada na quinta-feira no Texas alega que a SpaceX invadiu um terreno da Cards Against Humanity LLC, localizado ao lado do complexo espacial Starbase, e "o tratou como se fosse seu por pelo menos seis meses".
"SpaceX, de Elon Musk, estava construindo alguma coisa espacial nas proximidades e achou que poderia simplesmente jogar sua merda em nosso maravilhoso terreno sem pedir", afirmam os autores do jogo em um site detalhando o processo.
"Depois que os pegamos, a SpaceX nos deu um ultimato de 12 horas para aceitar uma oferta por menos da metade do valor do nosso terreno", acrescentaram. A empresa disse que recusou a oferta e iniciou a ação legal.
"Cartas Contra a Humanidade", desenvolvido a partir de uma arrecadação de fundos on-line em 2010, é um jogo adulto bem humorado baseado em respostas audaciosas dos jogadores a temas sugeridos pela baralho.
Como parte de sua estratégia de promoção, utiliza uma série de brincadeiras e artimanhas para destacar o que considera injustiças.
No centro do processo está a propriedade na fronteira sul dos Estados Unidos, com o México, que a Cards Against Humanity LLC comprou em 2017 graças a doações, em um esforço para impedir a construção de um muro prometido pelo então presidente Donald Trump.
"150 mil pessoas nos deram seu dinheiro" e "prometemos que usaríamos todas as ferramentas legais à nossa disposição para proteger essa terra de valentões como Trump e Musk", declarou a empresa.
Todos os contribuintes originais podem ganhar até 100 dólares cada um se a empresa vencer o processo, acrescentou. A SpaceX não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da AFP.