AVIAÇÃO

Voa Brasil: saiba como fazer o cadastro para aposentados do INSS no programa de viagens

Programa, que proporciona passagens aéreas de até R$ 200, foi lançado em julho. Até agora, só foram vendidas 10.422 passagens aéreas, menos de 1% dos assentos ofertados pelas companhias

Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, teve voos cancelados e outros suspensos neste sábado (31) - Arquivo/Agência Brasil

Perto de completar dois meses, o programa Voa Brasil vendeu apenas 10.422 passagens aéreas para 67 destinos domésticos. O total de bilhetes comercializados representa menos de 1% dos três milhões de assentos ofertados pelas companhias, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos.

O programa foi lançado em 24 de julho, com atraso de quase um ano. Ele permite a compra de passagens no valor de até R$ 200 por trecho para aposentados do INSS. Podem adquirir a passagem pessoas que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses. Cerca de 23 milhões de pessoas podem ser beneficiadas, segundo o governo.

 

Quem tem direito ao Voa Brasil?
Aposentados do INSS, que estejam sem viajar de avião há pelo menos um ano, poderão comprar passagens aéreas por até R$ 200 na nova plataforma do Voa Brasil.

Cerca de 3 milhões de passagens já estão disponíveis para compra no site.

Essa foi a cota inicialmente combinada com as empresas para a reserva aos aposentados. Caso se esgotem, o governo precisará negociar uma nova leva com as companhias.

Inicialmente, o governo previa que o público do programa seria mais amplo, com pensionistas e alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni), mas isso ficou para um segundo momento.

Como acessar a plataforma do programa Voa Brasil?
O aposentado deverá primeiramente entrar no site, atualizar os dados com seus documentos, para que a conta dele seja nível prata ou ouro.

Em seguida, já é possível que ele acesse o campo do Voa Brasil e veja as datas para compra de passagens, assim como os destinos disponíveis.

Depois de selecionada as passagens, o aposentado será encaminhado para o site da companhia aérea.

Será possível comprar passagem em qualquer voo?
A compra do bilhete vai depender da oferta de assentos pelas companhias aéreas, que poderão disponibilizar as passagens no site do governo.

Entenda o que fazer para ter acesso as passagens
Checar se sua conta gov.br nível de segurança prata ou ouro. Ou seja, se for bronze, é preciso ajustar para os níveis superiores, geralmente com a entrega e mais documentos;

Acessar o site e logar com o usuário e senha do gov.br;

O sistema vai informar se o usuário atende os requisitos do programa: ser aposentado do INSS e não ter viajado há um ano;

Cumprida as exigências, o usuário é direcionado para a página de escolha do destino e datas da viagem;

Após a seleção, o usuário é direcionado para o site da empresa, onde fará o pagamento com cartão de crédito ou outro meio de pagamento, sem intermediação do governo.

O programa não terá subsídios, portanto, o governo não pode forçar as empresas a venderem bilhetes mais baratos. O ministro afirmou que hoje são 112 milhões de passagens de vendidas por ano para 30 milhões de CPFs. O objetivo é aumentar em 10% o número de CPFs compradores.

Os aposentados poderão acessar o site do Voa Brasil o ano todo, mas as chances de conseguirem passagens é maior na baixa temporada, já que as companhias aéreas vão disponibilizar os bilhetes mais baratos apenas quando houver uma tendência de sobra na oferta de passagens.

O programa é uma ideia antiga do governo, prometida pelo ex-ministro da pasta Márcio França para agosto de 2023. O atual ministro Silvio Costa Filho justificou a demora no lançamento às dificuldades de se formatar um programa para facilitar o acesso da população ao transporte aéreo, sem subsídios do governo.

Próxima fase
No primeiro momento, o programa é destinado a aposentados pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS/INSS), independentemente da faixa de renda, que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses.

A expectativa do Ministério de Portos e Aeroportos é lançar a segunda etapa do programa no primeiro semestre de 2025, no qual serão beneficiados os estudantes de instituições de ensino público.