Malásia prende mais de 300 pessoas em caso de abusos sexuais contra menores
Segundo os médicos, pelo menos 13 crianças sofreram violência
A polícia da Malásia anunciou no sábado a prisão de 355 pessoas em uma investigação sobre agressões físicas e sexuais contra menores em abrigos de todo o país.
O conglomerado Global Ikhwan Service and Business Holding (GISB), que gere, entre outros, abrigos, instalações sanitárias e educativas, é acusado de ter gerido "abrigos do terror" e de ter tido vínculos com a seita islamista Al Arqam, já extinta.
Entre os presos estão o diretor-executivo da GISB, Nasiruddin Ali, e outros 30 membros do conglomerado, indicou a polícia da Malásia.
As prisões aconteceram em diversos locais como abrigos, instalações sanitárias, empresas, escolas religiosas e residências privadas.
Em 11 de setembro, a polícia já havia anunciado a prisão de 171 pessoas, incluindo professores de religião e educadores, e após realizar buscas em 20 casas colocou em segurança mais de 402 crianças, que as autoridades acreditam ser filhos de membros da GISB, disse o inspetor Razarudin Husain.
Em um primeiro momento, a GISB negou as acusações de violência, mas seu diretor-executivo reconheceu as agressões sexuais em 14 de setembro e "um ou dois casos de sodomia" nos abrigos, negando, no entanto, as acusações de um sistema de violência.
Segundo os médicos, pelo menos 13 crianças sofreram violência sexual, disse o inspetor de polícia.