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Petrobras poderá estudar potencial de explorar petróleo no Oceano Índico, diz Silveira

Ministro de Minas e Energia comentou cooperação entre Brasil e Índia dias após visita recente ao Brasil do ministro de Petróleo indiano, Hardeep Puri

Petrobras - Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta segunda-feira (23), que o Brasil vai cooperar com a Índia para auxiliar o gigante asiático a explorar petróleo e gás. Segundo Silveira, a Petrobras poderá estudar o potencial de reservas off-shore no Oceano Índico.

Uma das economias que crescem mais rapidamente no mundo, a Índia é terceiro maior importador de “energia e petróleo” do mundo, segundo o site da Invest India, agência de promoção de investimento do governo indiano – apenas de gás natural liquefeito (GNL), o país é o quarto maior importador do mundo.

Na sexta-feira, dia 20, o ministro brasileiro se reuniu com ministro de Petróleo da Índia, Hardeep Puri. No sábado, os dois países publicaram uma declaração conjunta, segundo a qual “reafirmaram seu compromisso de identificar a possibilidade de novos mecanismos para aumentar a presença de empresas indianas no país, inclusive por meio de novas oportunidades de investimento em ativos de produção”.

No documento, os países também “reconheceram as complementaridades no setor comercial, se comprometeram a identificar formas de expandir o comércio entre os dois países, inclusive por meio de mecanismos inovadores”.

— A Petrobras tem expertise e estuda a possibilidade de estar com eles (Índia) nesse desafio de conhecer essa fronteira no Oceano Índico — afirmou Silveira, que participa nesta segunda-feira do ROG.e (antiga Rio Oil & Gas), um dos principais eventos de energia do país, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que acontece esta semana no Rio.

Leilões de petróleo seguirão calendário
Silveira afirmou também que o Brasil vai seguir com o calendário de leilões de petróleo.

— Enquanto houver demanda por petróleo e gás, o Brasil vai continuar nesse mercado. Quem acredita nessa demanda deve se planejar para investir no Brasil. O país está em uma posição privilegiada na geopolítica.

Ele também destacou as mudanças recentes no mercado de gás, que tendem a aumentar a oferta no país e reduzir os preços. Lembrou da medida provisória que prevê queda nos custos de afretamento de plataformas e gerar mais encomendas no setor naval.

— Não vamos perder a oportunidade de gerar mais empregos — disse ele, destacando projetos como a Rota 3, no pré-sal, o gasoduto em Sergipe e o aumento da importação de gás de Vaca Muerta, na Argentina.