OPERAÇÃO INTEGRATION

Gusttavo Lima: cantor foi ao Rock in Rio antes de sair do Brasil e ter mandado de prisão expedido

Gusttavo Lima publicou encontro com Roberto Medina, CEO da Rock World, que organiza o festival de música

Gusttavo Lima publicou um vídeo curtindo o show do cantor americano Akon - Redes Sociais/Reprodução

Horas antes de sair do Brasil e ter o mandado de prisão expedido pela Justiça de Pernambuco, o cantor Gusttavo Lima, alvo da Operação Integration, esteve no Rock in Rio, no Rio de Janeiro, na noite do domingo (22).

O artista usou o Instagram para compartilhar um encontro com Roberto Medina, CEO da Rock World, que organiza o festival de música. Depois, Gusttavo publicou um vídeo curtindo o show do cantor americano Akon.

Roberto Medina, CEO da Rock World, e Gusttavo Lima | Foto: Redes Sociais/Reprodução

Pouco tempo depois de deixar o evento, já nas primeiras horas da segunda (23), o cantor, a esposa Andressa Suita, e os dois filhos, deixaram o Brasil.

O voo privado saiu do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, à 1h16, com destino a Miami, na Flórida, nos Estados Unidos, onde o artista possui uma casa.

Não há informações se a viagem internacional estava planejada. A agenda do cantor prevê dois shows para este mês de setembro no estado do Pará: um na sexta-feira (27), na cidade de Marabá, e o outro no sábado (28), em Parauapebas.

Gusttavo Lima fala com Leo Dias
Até o momento, o cantor não se pronunciou oficialmente, mas o jornalista Leo Dias afirma que conversou com Gusttavo por vídeo, após divulgação do pedido de prisão.

Segundo Leo Dias, Gusttavo confirmou que está com a família em Miami, pediu calma aos fãs e disse que está cooperando com as investigações.

“Leo, fique calmo, eu não fiz nada de errado e nem tem nada contra mim. Essa prisão vai ser revogada, eu tenho fé em Deus”, disse o sertanejo.

Cantor deu guarida a investigados, diz juíza
Ainda na tarde da segunda, às 14h49, a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, expediu a ordem de prisão para Nivaldo Batista Lima (Gusttavo Lima) e para o empresário Bóris Maciel Padilha.

Dentro da operação, que investiga lavagem de dinheiro relacionada à exploração de jogos ilegais e prendeu a influenciadora digital Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra, a Polícia Civil já havia apreendido um avião pertencente ao cantor.

No pedido de prisão preventiva, a juíza Andrea Calado da Cruz justifica que Gusttavo Lima "deu guarida" a investigados na Operação Integration, deflagrada em 4 de setembro. A defesa do artista afirma que ele é inocente.

A decisão aponta que há uma relação de proximidade entre Gusttavo Lima e os foragidos José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha, donos da empresa Vai de Bet. O cantor, inclusive, adquiriu, em julho deste ano, 25% das ações da empresa. A compra, diz a juíza, "acentua ainda mais a natureza questionável de suas interações financeiras".