Petróleo

Petróleo sobe, puxado por medidas econômicas na China e tempestade nos EUA

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro fechou em alta de 1,72%

Plataforma de Petróleo - Helmut Otto/Agência Petrobras

Os preços do petróleo fecharam em alta, nesta terça-feira (24), depois do anúncio de medidas de reativação econômica na China e devido a uma tempestade tropical no Golfo do México.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro fechou em alta de 1,72%, a 75,17 dólares.

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega no mesmo período avançou 1,69%, a 71,56 dólares.

"A história do dia é a China", explicou Phil Flynn, do Price Futures Group, "pois cada vez que as pessoas falam de um mercado debilitado, evocam a China".

O banco central chinês anunciou, nesta terça, novas medidas para impulsionar a economia, como uma redução da proporção de reservas líquidas que os bancos devem manter e a redução de uma taxa de juros chave.

Cerca de dois anos depois de eliminar as medidas restritivas contra a covid, a segunda economia mundial não consegue levantar voo, apesar dos passos dados pelas autoridades para relançar a atividade.

A recuperação pós-pandemia foi mais breve e menos robusta do que o esperado, lastreada por uma crise imobiliária, pelo consumo frágil e pelo desemprego alto, especialmente entre os jovens.

"Muitos pensam que a China finalmente se mostra mais radical" em suas medidas, destacou Flynn.

Para o analista, o petróleo cru foi impulsionado pela chegada da tempestade tropical Helen ao Golfo do México. Segundo a Agência de Segurança e Proteção Ambiental (BSEE), o fechamento preventivo de plataformas reduziu a capacidade de produção de infraestruturas offshore (em alto-mar) americanas de petróleo cru em 16%.

A tempestade não deveria afetar as instalações no Texas e Louisiana.