MUNDO

Lula participa de reunião ministerial do G20 em Nova York

Evento ocorrerá na ONU, de forma aberta aos 193 Estados-membros

Presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, após a sessão de encerramento da cúpula do G20 em Nova Delhi - Sajjad HUSSAIN / AFP

Em seu último dia em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa e faz uma declaração no encontro de chefes de Estado e governo do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, nesta quarta-feira. É a primeira vez na história que uma reunião do G20 acontece na Organização das Nações Unidas (ONU), de forma aberta aos 193 Estados-membros.

O encontro tem como principal debate a reforma da governança global, uma das prioridades da presidência brasileira do grupo, o combate à fome e à pobreza, a promoção do desenvolvimento sustentável e a transição energética.

 

Antes do início da sessão, Lula irá se encontrar com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. O brasileiro tem, também, duas reuniões bilaterais no final da manhã: uma com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro; e outra com o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo. Ele volta para Brasília no final da tarde.

Discurso na ONU
Lula abriu a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York nesta terça-feira. Como em outras ocasiões, o presidente citou temas prioritários em sua política externa, como o clima, o combate à fome, a reforma da governança global e a paz no mundo. Desta vez, o petista subiu o tom ao falar sobre mudanças climáticas e, sem citar nomes, citou o impasse entre o dono da rede X, Elon Musk e o Judiciário brasileiro.

O presidente deu uma alfinetada no bilionário Elon Musk, dono da rede social X, ao dizer não se intimidar diante de "indivíduos, corporações e plataformas digitais que se julgam acima da lei". Disse que a liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras.

Com a Amazônia, o Pantanal e outras regiões do país em chamas, Lula evitou se defender de possíveis cobranças ao governo brasileiro ao dizer que não se exime de responsabilidade. E deixou claro que não pretende pedir ajuda internacional para acabar com os incêndios, em uma tentativa de mostrar que o Brasil tem soberania na Floresta Amazônica.