Petróleo sofre forte queda frente a possível normalização da produção na Líbia
A missão de apoio das Nações Unidas na Líbia (Manul) informou que houve um acordo entre o Parlamento de Trípoli
Os preços do petróleo fecharam em queda, nesta quarta-feira (25), após um acordo entre chefes de governo rivais na Líbia, o que poderia normalizar a produção e as exportações de petróleo cru do país.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro recuou 2,27%, a 73,46 dólares. Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega no mesmo período caiu 2,61%, a 69,69 dólares.
"Os boatos da Líbia frearam (o avanço dos preços em) o mercado", resumiu John Kilduff, da Again Capital.
A missão de apoio das Nações Unidas na Líbia (Manul) informou que houve um acordo entre o Parlamento de Trípoli e as autoridades de Benghazi, não reconhecidas pela comunidade internacional, depois de várias semanas de crise política. Um documento seria assinado oficialmente nesta quinta-feira.
As exportações líbias de petróleo cru caíram pela metade durante a crise. Em julho, antes do conflito, o país produzia 1,16 milhão de barris diários de petróleo, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
Antes deste anúncio, o petróleo estava no negativo depois de incorporar o efeito positivo das medidas de reativação, anunciadas na terça-feira pela China.
Os operadores, segundo Kilduff, se preocuparam sobre o que as decisões do banco central da China (PBoC) deram a entender a respeito da situação econômica do país.
"Sua economia tem graves problemas e é um fator-chave para a demanda de petróleo", afirmou o analista sobre o maior importador mundial de petróleo cru.