CONFLITO

Brasileiro morre em bombardeios israelenses no Líbano, diz Itamaraty

Nesta quarta (25), o Exército de Israel convocou para a área de fronteira com o Líbano duas brigadas de reservistas

Ataque israelense na área de Burj al-Shamali, no sul do Líbano - AFP

O Ministério das Relações Exteriores confirmou que um brasileiro morreu nos bombardeios de Israel ao Líbano, nesta quarta-feira.

É um adolescente que não teve a idade divulgada. O seu pai, que não é brasileiro, também morreu.

O brasileiro estaria no Vale do Bekaa, ao leste do país. O Líbano registrando nesta quarta-feira 51 mortos e 223 feridos em bombardeios contra 280 alvos do grupo xiita no sul e na região do Vale do Bekaa.

Nesta quarta, o Exército de Israel convocou para a área de fronteira com o Líbano duas brigadas de reservistas.

E o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, o tenente-general Herzi Halevi, disse a soldados posicionados na região que os ataques aéreos israelenses lançados desde segunda-feira (23) têm a intenção de "preparar o terreno" para um possível invasão terrestre.

O disparo do míssil Qader 1, interceptado pelo David's Sling — um dos vários sistemas de defesa antiaérea israelense —, representou o ataque mais profundo contra o território de Israel desde a intensificação do conflito na semana passada, em uma mostra de que o Hezbollah não está disposto a se render após bombardeios que deixaram centenas de mortos no Líbano, incluindo alguns comandantes do grupo aliado ao Irã na região.

Como parte da tentativa de mediação, que pela primeira vez desde 7 de outubro do ano passado tenta amarrar em um único esforço diplomático o conflito em Gaza e no Líbano, os EUA e a França buscam vários canais para persuadir Israel e o Hezbollah a cessar as hostilidades por várias semanas, permitindo negociações para a libertação dos reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas há mais de 11 meses, um fim para a guerra no enclave palestino e um acordo diplomático que inclua a retirada do grupo xiita da área de fronteira.