GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Itamaraty lamenta morte de brasileiro no Líbano e reitera condenação aos ataques de Israel

Embaixada do Brasil em Beirute vem prestando assistência aos familiares do adolescente Ali Kamal Abdallah, morto no Vale do Bekaa no começo da semana

Palácio do Itamaraty, no Distrito Federal - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo brasileiro divulgou uma nota nesta quinta-feira lamentando a morte do adolescente brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos de idade, natural de Foz do Iguaçu, no Vale do Bekaa, no Líbano. De acordo com o Itamaraty, "o menor e seu pai, de nacionalidade paraguaia, foram atingidos por uma explosão como resultado dos intensos bombardeios aéreos israelenses na região, na segunda-feira." A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares do adolescente. Seu pai também morreu na explosão.

Além de se solidarizar com a família, o governo brasileiro reiterou a condenação, "nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano" e renovou seu apelo às partes envolvidas "para que cessem imediatamente as hostilidades".

Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não cumpre ordens da Organização das Nações Unidas (ONU). Em entrevista à imprensa em Nova York, Lula condenou de forma veemente "o comportamento do governo de Israel" e disse que a "maioria do povo não concorda com esse genocídio".

Mas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não dá sinais de trégua. Nesta quinta, recomendou que o Exército do país continue a combater com "força total" no Líbano, um dia após aliados ocidentais pressionarem por um cessar-fogo de 21 dias na guerra. Novos bombardeios fizeram vítimas em território libanês, enquanto o Hezbollah disparou novos foguetes contra o Estado judeu. Um dia antes, as Forças Armadas do país haviam anunciado a mobilização de duas brigadas da reserva para serem destacadas no norte.