"Guerra total seria devastadora" para Israel e Líbano, diz secretário da Defesa dos EUA
O presidente dos EUA e outros líderes mundiais pediram um cessar-fogo imediato de 21 dias no Líbano, mas pedido foi rejeitado pelo primeiro-ministro israelense
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, alertou nesta quinta-feira (26) em Londres que "uma guerra total seria devastadora" para Israel e o Líbano e que um cessar-fogo ajudaria a "implementar um acordo para garantir uma trégua em Gaza".
"Uma guerra total entre o Hezbollah e Israel seria devastadora para ambas as partes", disse Austin, que está na capital britânica para participar até sexta-feira de uma reunião do AUKUS, uma aliança militar estratégica formada por seu país, Reino Unido e Austrália.
O chefe do Pentágono expressou esperança por "uma solução diplomática" enquanto os bombardeios continuam no Líbano.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes mundiais pediram um cessar-fogo imediato de 21 dias no Líbano, mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou o apelo e ordenou às suas tropas que continuassem combatendo o movimento islamista Hezbollah "com toda a força necessária".
Uma pausa nas hostilidades "daria tempo" para chegar a um acordo que permitiria aos civis israelenses e libaneses retornarem às suas casas, disse Austin em entrevista coletiva após uma reunião da associação de defesa trilateral.
Um subsequente cessar-fogo em Gaza "permitiria que todos os reféns voltassem para casa", disse Austin, referindo-se aos israelenses sequestrados pelo movimento Hamas em 7 de outubro.
"Reconhecemos que há muito trabalho a fazer. Estamos empenhados em fazer esse trabalho e sim, estou otimista", acrescentou o secretário da Defesa dos EUA.