Obra de Van Gogh é vendida por 32,2 milhões de dólares no primeiro leilão da Christie's em Hong Kong
O quadro de Van Gogh é "a pintura mais importante do artista colocada à venda na Ásia", disse a Christie's
O quadro de Vincent Van Gogh "Les canots amarrés" foi vendido por 32,2 milhões de dólares (175,1 milhões de reais na cotação atual) em um leilão nesta quinta-feira (26) em Hong Kong. No entanto, não bateu o recorde da obra ocidental mais cara vendida na Ásia.
A pintura foi a peça central do leilão inaugural organizado para celebrar a abertura da nova sede da casa de leilões Christie's em Hong Kong.
Christie's esperava obter no leilão entre 30 e 50 milhões de dólares (entre 163,2 e 272 milhões de reais na cotação atual).
No entanto, Christian Albu, vice-presidente e diretor de arte dos séculos XX e XXI da Christie's Asia Pacific, comemorou o fato de ser “um recorde para um Van Gogh na Ásia”.
A obra ocidental mais cara já vendida na Ásia é "Warrior" de Jean-Michel Basquiat, vendida por 41,7 milhões de dólares em 2021 (226,8 milhões de reais na cotação atual).
O quadro de Van Gogh, propriedade da família real italiana Bourbon das Duas Sicílias, é “a pintura mais importante do artista colocada à venda na Ásia”, disse a Christie's.
"'Les canots amarrés' marca um rito fundamental" na carreira do artista, acrescentou a casa de leilões.
Esta pintura é uma das quase 40 obras que Van Gogh criou durante sua estadia na cidade francesa de Asnières, nos arredores de Paris, no verão de 1887.
Com as obras que pintou naquela época, “ele deixou para trás para sempre os tons escuros e terrosos de suas pinturas realistas do passado. Em vez disso, adotou uma paleta vibrante e um pincel solto e expressivo”, explicou a Christie's.
Em uma carta para sua irmã Willemien, em outubro de 1887, o artista escreveu: “Quando pintei paisagens em Asnières neste verão, vi mais cores do que nunca”.
A princesa Camilla, da Casa de Bourbon das Duas Sicílias, disse que havia escolhido a cidade chinesa para a venda a fim de aproveitar a “forte e crescente base de colecionadores no mercado asiático, que está cada vez mais interessado em arte ocidental”.