Brasil

Após saída de Silvio Almeida sob acusação de assédio, Lula prestigia posse da nova ministra

Titular da pasta já vem ocupando o posto desde o início do mês

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) - Ricardo Stuckert

Sucessora de Silvio Almeida, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, à frente do cargo desde o dia 9 deste mês, será empossada oficialmente nesta sexta-feira, em solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A auxiliar de Lula chegou ao posto depois de o seu antecessor ser acusado de assédio sexual, o que Almeida nega. Em entrevista ao GLOBO, Evaristo já disse que quer criar mecanismos para que casos como esse não se repitam.

 

Macaé Evaristo é deputada estadual pelo PT em Belo Horizonte. Professora de formação, começou sua carreira política enquanto secretária municipal de Educação em 2005. Em 2013, no governo Dilma Rousseff (PT) assumiu o cargo de secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação.

Entre 2015 e 2018, foi secretária de Educação na gestão estadual do governador Fernando Pimentel. Seu primeiro cargo eletivo foi de vereadora de Belo Horizonte, em 2020.

A nova ministra dos Direitos Humanos já afirmou ser importante que o sigilo das denunciantes do ex-chefe da pasta seja preservado. Evaristo afirmou que ministério encaminhou as "apurações devidas" acerca do caso.

Macaé foi anunciada como nova ministra pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês.

— É muito importante que os órgãos responsáveis façam as apurações devidas e é isso que estamos encaminhando com a ministra interina (Esther Dweck). A ideia é que a gente faça todo o procedimento, é preciso garantir o direito das pessoas denunciantes e o amplo e pleno direito de defesa. Uma coisa muito importante é que a gente garanta privacidade e o sigilo sobre os fatos, principalmente das pessoas lesadas — afirmou a nova ministra na ocasião.