DINHEIRO

Francês fica US$ 17 bi mais rico após Partido Comunista chinês liberar estímulos para a economia

Fortuna de Bernard Arnault, dono da Louis Vuitton, chegou a US$ 201 bilhões, e, agora, ele ocupa o quarto lugar entre as pessoas mais ricas do mundo, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg

Bernard Arnault - AFP

O francês Bernard Arnault, dono da Louis Vuitton, começou a quinta-feira perdendo mais riqueza neste ano do que qualquer outro bilionário, com sua fortuna em bens de luxo caindo em US$ 24 bilhões. Então, os principais líderes da China deram sinal verde para um grande estímulo na segunda maior economia do mundo. E, com isso, a fortuna do magnata francês ganhou novo fôlego.

O patrimônio líquido de Bernard Arnault disparou na quinta-feira em US$ 17 bilhões, chegando a US$ 201 bilhões, seu terceiro maior aumento em um único dia, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg.

 

As ações de seu conglomerado de luxo LVMH subiram 9,9%, apostando que as medidas de estímulo do Politburo da China– a mais alta instância do Partido Comunista chinês – revitalizariam o apetite dos chineses por bens de luxo.

Arnault, de 75 anos, agora ocupa o quarto lugar entre as pessoas mais ricas do mundo, com sua fortuna quase inteiramente atrelada à sua participação de 48% na LVMH, segundo o índice de riqueza da Bloomberg.

As ações da maior fabricante de bens de luxo do mundo por valor de mercado caíram 7,5% desde o início do ano, à medida que a fraca demanda da China e o consumo cauteloso dos consumidores prejudicaram os lucros da LVMH.

No entanto, a mensagem de quinta-feira dos principais líderes chineses indica esforços para revitalizar o crescimento, com promessas de apoiar os gastos fiscais e estabilizar o combalido setor imobiliário, dando um impulso positivo à fraca perspectiva de consumo da nação. A Ásia representou 38% das vendas da LVMH em 2023, e a China é uma grande fatia desse mercado.

Arnault não é o único bilionário beneficiado pelo estímulo da China. Colin Huang, fundador da PDD Holdings e dono do Temu, app de compras rival da Shein, — que perdeu o título de pessoa mais rica da China no mês passado após a empresa prever um crescimento de vendas fraco—, adicionou US$ 5 bilhões na quinta-feira, à medida que as ações de sua empresa de e-commerce dispararam 14%.