RIO DE JANEIRO

Caso Anic: o que ainda falta ser explicado no crime

Cadáver encontrado concretado na garagem da casa do principal suspeito tinha fitilho plástico no pescoço e algema em um dos pulsos

Última viagem. Antes de desaparecer, Anic visitou um parque aquático em Balneário Camboriú com o marido e amigos - Reprodução

A Polícia Civil realizou uma perícia de arcada dentária no corpo de uma mulher, retirado na quarta-feira (25), da garagem da casa onde morava o técnico de Informática Lourival Correa Netto Fatica e confirmou que o cadáver é mesmo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos.

A informação foi dada pelo delegado Nei Loureiro da 105ª DP (Petrópolis). Lourival é assassino confesso da advogada, mas, mesmo após o exame feito por uma odontolegista que confrontou laudo com a ficha odontológica da vítima, o caso ainda não foi concluído.

 

O caso, que também envolve outros três suspeitos — os filhos de Lourival, Maria Luiza Fadiga e Henrique Fadiga, e Rebecca Azevedo dos Santos, mulher que também mantinha relacionamento com o principal suspeito. Além do envolvimento dos três, outras questões ainda não estão definidas, confira quais são:

Apesar da confissão de Lourival de que teria a matado com uma agressão física e do corpo de Anic ter sido encontrado, ainda não está definida a causa da morte da advogada e onde a Anic morreu, já que ainda não foi encontrado vestígio de sangue no motel;

Em alguns depoimentos Lourival chegou a mencionar que haveria um mandante do assassinato, o que também ainda não foi esclarecido;

Ainda não foi definida também qual teria sido a motivação do crime;

Considerando que a polícia apreendeu cerca de R$ 800 mil, uma picape de R$ 500 mil e uma moto de R$ 30 mil, falta esclarecer o destino da maior parte do R$4,6 milhões do resgate;

Apesar da confissão de que levou de carro enrolado em um cobertor até a casa dele, ainda não se tem analises de câmeras de segurança do motel e de outras residências.