EUA

Estradas inundadas e apagões dificultam resgates nos EUA após o devastador furacão Helene

Moradores enfrentam inundações 'catastróficas' provocadas pelo fenômeno, e equipes de emergência procuram por sobreviventes em áreas devastadas

Vista aérea mostra casas danificadas após furacão Helene atingir a Flórida - Foto: CHANDAN KHANNA / AFP

Equipes de resgate lutaram neste domingo (29) para ajudar milhares de pessoas afetadas pela passagem do devastador furacão Helene pelo sudeste dos Estados Unidos, onde houve apagões, estradas inundadas, e até alimentos foram entregues por via aérea em áreas de difícil acesso.

O furacão causou estragos em vários estados como Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Tennessee, com seus ventos fortes e chuvas torrenciais que deixaram algumas cidades como se tivessem sido apagadas do mapa.

“Os esforços de busca e resgate por parte de autoridades locais, estaduais e federais continuam”, disse Lori Moore-Merrell, da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências.

“Há um fechamento significativo de estradas devido à água parada e os riscos impedem os esforços de resposta, incluindo a retomada da energia, remoção de entulhos, busca e resgate e avaliação de danos”, acrescentou.

Pelo menos 24 pessoas morreram na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Flórida, 11 na Carolina do Norte e uma na Virgínia, segundo as autoridades locais e uma contagem da AFP baseada em informações da mídia.

Pelo menos 2,7 milhões de pessoas permanecem sem energia no domingo.
 

Três alertas de enchentes permaneceram ativos no domingo no oeste da Carolina do Norte devido ao risco de rompimento de barragens, informou o diretor do Serviço Meteorológico Nacional, Ken Graham.

O responsável acrescentou que o tempo deverá melhorar nas zonas afectadas por volta de terça-feira.

Milhares de pessoas continuaram a procurar ajuda nos abrigos da Cruz Vermelha americana, disse a responsável Jennifer Pipa.

"Extremamente perigoso"
Helene atingiu a costa na tarde de quinta-feira perto de Tallahassee, capital do estado da Flórida, como um furacão de categoria 4 em uma escala de 5, com ventos de 225 km/h e foi rebaixado para um ciclone pós-tropical, causando intensas inundações.

Algumas das áreas mais atingidas estão na Carolina do Norte, onde as equipes de resgate foram forçadas a transportar suprimentos por via aérea em algumas áreas devido à extensão dos danos ou inundações nas estradas, disse o governador Roy Cooper neste domingo.

“Como é tão difícil entrar com camiões por via terrestre, ontem começamos a transportar mantimentos para a região por via aérea, incluindo alimentos e água”, explicou.

O diretor do departamento estadual de gestão de emergências, William Ray, alertou que as condições eram extremamente perigosas.

O furacão causou o fechamento de centenas de estradas e o desabamento de pontes devido às inundações. Pelo menos quatro rodovias interestaduais permaneceram fechadas na Carolina do Norte e no Tennessee, disse o Departamento de Transportes.

Na cidade de Valdosta, na Geórgia, o furacão arrancou telhados de edifícios e os cruzamentos de estradas foram completamente bloqueados com árvores e postes caídos.

“O vento começou a bater com muita força, arrancou galhos e pedaços do telhado atingiram as laterais do prédio e as janelas”, disse Steven Mauro, morador de Valdosta.

Neste domingo, o Departamento de Energia disse que suas equipes estavam trabalhando para restaurar a energia a todos os clientes, mas que “foi uma resposta complexa que durou vários dias”.