Ibovespa sobe com petróleo com avanço de tensão no Oriente Médio, apesar de queda em NY
Às 11h13, o Ibovespa tinha alta de 0,58%, aos 132.580,73 pontos, ante elevação de 0,66%, na máxima aos 132.692,23 pontos, depois de variação zero quando atingiu mínima de 131.816,56 pontos
O Ibovespa avança na manhã desta terça-feira, 1º de outubro, em meio à aceleração da alta nas cotações do petróleo para até 3,00% diante de relatos de que o Irã prepara ataque com mísseis balísticos contra Israel. Desta forma, as ações ligadas ao óleo, com destaque à elevação de até 2,00% nos papéis da Petrobras. Vale também sobe a despeito do fechamentos dos mercados na China, em razão do feriado de Golden Week no país. Hoje, o novo presidente da Vale, Guilherme Pimenta, assume o cargo. Ontem, o Ibovespa fechou com queda de 0,69%, na mínima aos 131.816,44, e cedeu 3,08% em setembro.
Em meio ao avanço do conflito entre Israel e Hezbollah, os investidores adotam certa cautela enquanto avaliam os dados PMIs dos Estados Unidos e o relatório Jolts de emprego, à medida que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem ressaltado a importância do mercado de trabalho para suas decisões de política monetária. Na segunda-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse não estar com pressa para cortar os juros, esfriando as apostas de um novo recuo de 0,50 ponto porcentual em novembro.
Quanto ao Jolts, a abertura de postos de trabalho subiu a 8,04 milhões em agosto nos EUA, ante previsão 7,682 milhões. Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do país caiu a 47,3 no mês passado, de 47,9 em agosto, segundo pesquisa final divulgada hoje pela S&P Global. E o PMI medido pelo ISM permaneceu em 47,2 em setembro.
Segundo Larissa Quaresma, analista de Equity Research na Empiricus, o dado de emprego Jolts vem com certo pois é relativo a agosto, perde um pouco a relevância. "Obviamente o payroll é o dado mais importante", diz, ao referir-se ao relatório do mercado de trabalho oficial que sairá na sexta nos Estados Unidos. "De todo modo, o Jolts e o ADP - que sai amanhã - ajudam a calibrar as expectativas para o payroll", completa Larissa.
No exterior, as bolsas operam em forte queda, diante do aumento das tensões no Oriente Médio nesta manhã. "Ontem, foi um pregão horroroso para o Ibovespa. Hoje tenta recuperar um pouco. Já em Nova York, as bolsas fecharam setembro com altas fortes, realiza um pouco", avalia a analista da Empiricus.
No Brasil, o temor dos investidores com a trajetória da inflação, fiscal e dos juros permanece no foco, ainda mais após o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerar a 0,63% em setembro, depois de cair 0,16% em agosto. O dado ficou perto do teto das projeções. Desta forma, fica no centro das atenções a palestra com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em São Paulo.
A despeito da alta do Ibovespa, Larissa pontua que o principal indicador da B3 só tende a ganhar tendência de alta se houver melhora fiscal. "Só se dissipar um pouco o debate de piora fiscal. Pode até nem ocorrer recuperação deste quadro, mas se não piorar, ficar neutro, ok", fiz a analista da Empiricus.
Também fica no radar o debate acerca da legalização das Bets. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião ministerial esta semana para bater o martelo sobre as propostas para combater o vício em apostas. Há pouco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que está sendo tudo discutido para limitar formas de pagamento em Bets.
Às 11h13, o Ibovespa tinha alta de 0,58%, aos 132.580,73 pontos, ante elevação de 0,66%, na máxima aos 132.692,23 pontos, depois de variação zero quando atingiu mínima de 131.816,56 pontos. Petrobrás tinha alta entre 2,22% (PN) e 2,01% (ON). Vale subia 0,46%.