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Metrô do Recife: categoria se reúne nesta terça (1°) e pode votar novo estado de greve

Metroviários seguem em busca de melhorias tanto para os trabalhadores, quanto para o sistema de transporte

Participam da reunião representantes do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) - Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco

Os metroviários do Grande Recife se reúnem nesta terça-feira (1°) para discutir a possibilidade de entrada em um novo estado de greve.

Em contato com a reportagem, o vice-presidente do Sindmetro-PE, Valmir Assis, afirmou que, caso o Acordo Coletivo Especial (ACE) e a manutenção do Acordo de Escalas não sejam aprovados, a categoria pode buscar a paralisação do serviço.

Os metroviários estão em estado de greve desde junho. O aviso é um mecanismo legal que antecede oficialmente uma paralisação.

O último alerta foi dado até esta terça-feira, e é disso que surge a necessidade de renovação. A reunião acontece às 18h, na Praça da Greve, localizada na Estação Central do Recife, bairro de São José.

Nesse meio tempo, a categoria conseguiu alguns avanços, como a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2025.

A medida garante reajuste de 2,58%, que incidirá sobre todas as cláusulas econômicas, com pagamento retroativo a maio de 2024; 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para 2025; extensão do auxílio-creche para empregados do sexo masculino, e a idade máxima da criança passa de 4 anos para 5 anos e 11 meses.

Reivindicações
Apesar da aprovação do ACT, restam demandas importantes para a categoria. A principal delas é o Acordo Coletivo Especial (ACE), que traz em pauta as questões que envolvem metroviários e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

A discussão é importante porque pode assegurar que, caso o metrô seja privatizado, os trabalhadores vão ser remanejados para outras pastas públicas e não ficarão sem emprego.

A manutenção do Acordo de Escalas também é importante para os metroviários, que, muitas vezes, precisam trabalhar longas jornadas e necessitam de uma garantia de pagamento e compensações. 

O movimento grevista deste ano também leva em conta o sucateamento do metrô. Segundo o sindicato, desde 2016, a verba repassada apenas diminui, o que interfere diretamente no funcionamento do serviço.