FOLHA EDUCA

Eleva: desenvolvimento socioemocional e formação acadêmica de excelência

Da Educação Infantil até os três primeiros anos do Fundamental, o programa tem pilares como autoconhecimento, autocontrole e empatia

Amanda Payne, diretora da Escola Eleva Recife - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Dedicada a alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio em regime de tempo integral, a Escola Eleva Recife, instituição brasileira e bilíngue (português e inglês), aposta em uma abordagem pedagógica que estimula as habilidades socioemocionais dos alunos, ferramentas essenciais para ampliar o desempenho escolar e melhorar as relações humanas e a cidadania, sem deixar de lado o conteúdo pedagógico de excelência. 

A Escola Eleva, que faz parte da rede Inspired, atua no Recife desde 2022 e propõe uma organização curricular de formação e de rotinas sociais, que se complementam. Além de um sólido currículo escolar que contempla toda a educação formal exigida no Brasil, os alunos são incentivados como indivíduos singulares, com seus nomes, interesses e projetos de vida acolhidos de forma humanizada e individualizada.
 

“Nosso principal pilar é excelência acadêmica, mas sabemos, através de diversos estudos, que essa excelência não caminha sozinha. O aluno aprende mais em um ambiente no qual ele se sente seguro para que possa trabalhar as hipóteses de conhecimento. Ele precisa de um lugar que sinta que tem voz e vez. Aqui entra o componente socioemocional, que possibilita trabalhar a educação de forma mais holística, sem deixar de lado a educação formal de excelência”, esclarece Amanda Payne, diretora da Escola Eleva Recife.

Expansão
A Escola Eleva está expandindo sua atuação no Recife-PE, com a abertura de turmas do Ensino Médio, que iniciarão em janeiro de 2025. O modelo, consolidado nas unidades Eleva do Rio de Janeiro-RJ, chega ao Recife com o objetivo de preparar os estudantes para ingressarem nas melhores universidades do Brasil e do mundo, com a possibilidade da certificação International Baccalaureate (IB) - programa que proporciona a uma formação pré-universitária reconhecida internacionalmente.

“Os alunos do Ensino Médio vão poder escolher cursar o programa International Baccalaureate Diploma Programme (IBDP), que é um diploma de Ensino Médio reconhecido internacionalmente que prepara os alunos para o sucesso universitário ou cursar o ensino regular, no currículo nacional. E, mesmo nesse currículo regular, ele vai ter um ensino de inglês muito robusto, muito próprio do Eleva. E o aluno que escolher o IBDP vai ter um currículo que conversa com a BNCC”, explica Amanda Payne.

Uma das disciplinas incluídas no currículo é o Laboratório de Inteligência de Vida (LIV), que consiste na “alfabetização socioemocional” por meio de um material bem estruturado que auxilia os alunos a trabalhar suas competências nas relações humanas.  

Por meio desta abordagem, a Eleva adota diferentes estratégias para apoiar alunos a lidar com suas emoções em uma aula que acontece da Educação Infantil até o Fundamental 2 (9° ano). “Em um cenário de uma escola em tempo integral, o trabalho socioemocional passa a ser o cotidiano dos alunos. Trabalhar as demandas de acordo com a faixa etária. Para o Infantil é um trabalho muito voltado com personagens, que são fantoches. As crianças fazem a contação da história desses personagens. Eles também se identificam porque trazem repertório de vivência de coisas que acontecem no ambiente escolar”, explica Natali Anselmo de Andrade, psicóloga escolar da Eleva Recife.

Da Educação Infantil até os três primeiros anos do Ensino Fundamental, o programa tem como pilares o autoconhecimento, autocontrole, empatia e relacionamento. A Eleva usa a obra “A caixa do Tomás”, da autora Blandina Franco e do ilustrador Carlos Lollo – que coloca o personagem diante de diferentes sentimentos, como medo, ciúme, coragem, amor, tristeza –, com uma versão em pelúcia do lobinho, que os alunos do Fundamental 1 (1° ao 5° ano) podem levar para casa e depois relatar sua experiência em um diário coletivo.

Crédito: Arte FolhaPE

Metodologia
A escola trabalha a habilidade socioemocional dos alunos do Fundamental 1 por meio do uso de jogos. A partir do 4º ano, até o final do Ensino Médio, o foco do programa muda para habilidades de colaboração, perseverança, criatividade, proatividade, pensamento crítico e comunicação. 

Aproveitando o hábito dos jovens assistirem séries, foi implementada dentro da rede, em 2015, a minissérie “Supernova Eleva”, produzida por uma equipe de roteiristas, atores e diretores. A série tem um novo capítulo liberado a cada aula com tema a ser debatido no encontro seguinte.

“As séries trazem personagens que também vão falar sobre vivências que eles irão experienciar na pré-adolescência. O projeto constrói uma narrativa em cima de um trabalho de fortalecimento emocional”, diz a psicóloga.

Pais
Alexandre Lima Diniz de Oliveira e Manuela Gayão de Oliveira trouxeram a filha Letícia, que estudava em uma escola de menor porte, onde todos a conheciam, para a Eleva. Ao chegar em uma escola maior, o receio era que ela não recebesse a mesma atenção.

“Fiquei preocupado porque na escola anterior todos sabiam o nome dela de cor. Mas, hoje, falo com tranquilidade sobre o desafio da transição de uma escola pequena para um espaço maior, porque tenho uma ótima impressão da Escola Eleva Recife. A instituição é acolhedora e ensina a criança a ter empatia e o mais importante: respeito ao próximo”, conta Alexandre de Oliveira.

“No início foi difícil, mas hoje em dia ela está bem adaptada, crescendo, desenvolvendo-se”, relata Manuela de Oliveira.

Célia Vieira, mãe de Guilherme, Rafael e Letícia

Já Célia Vieira, mãe de Guilherme, Rafael e Letícia, compartilha os motivos que a fizeram tirar os filhos de uma escola com menos estrutura e escolher a Eleva Recife para que eles estudassem e incorporassem uma segunda língua.

“O bilinguismo foi uma das coisas que me atraiu. Eles evoluíram muito no inglês, deram um salto. E hoje meu mais velho canta fluentemente em inglês e conversa, assim como minha pequena também pega músicas em inglês. Todos evoluíram muito e também em outras áreas. Abriram muito a mente!”, comemora.

Manuela e Alexandre trocaram a filha Letícia de uma escola pequena para o Eleva. Ambos afirmam que a garota teve imenso acolhimento  | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco