Petróleo fecha em alta leve após dados do DoE e anúncio da Opep+ atenuarem impacto de conflito
Na Nymex, o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,39% (US$ 0,27), a US$ 70,10 o barril
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 2, enquanto investidores seguem atentos à escalada das tensões no Oriente Médio. Porém, o alívio de restrições voluntárias à produção da commodity por membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e a divulgação de dados sobre estoques de petróleo nos Estados Unidos desaceleraram os ganhos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,39% (US$ 0,27), a US$ 70,10 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,46% (US$ 0,34), a US$ 73,90 o barril.
A commodity chegou a avançar mais de 3% no dia, mas desacelerou os ganhos após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informar aumento acima do esperado de estoques de petróleo na semana até 27 de setembro.
Houve uma nova rodada de enfraquecimento após os principais membros da Opep+ concordarem em aliviar as restrições voluntárias à produção a partir de dezembro. Ainda sim, os contratos fecharam no positivo.
"O contrato do Brent agora ultrapassou sua linha de tendência de baixa que estava em vigor desde que os preços atingiram o pico em julho", disse o analista de mercado da StoneX, Fawad Razaqzada, em uma nota. "Isso é tecnicamente um sinal de alta - mas somente se puder sustentar o rompimento."
Os analistas de commodities do Goldman Sachs observaram em um relatório nesta quarta-feira que "os preços do petróleo continuam sensíveis aos riscos de interrupção do fornecimento" e informaram que há preocupações sobre "possíveis riscos de queda no fornecimento ao Irã".
Um representante da Arábia Saudita afirmou que os preços poderão cair para até US$ 50 por barril se os chamados trapaceiros da Opep+ não cumprirem os limites de produção acordados, segundo delegados do bloco.
As observações foram interpretadas por outros produtores como uma ameaça velada dos sauditas, que estariam dispostos a lançar uma guerra de preços para manter a sua quota de mercado se outros países não cumprirem os acordos do grupo, afirmaram.