MORRE CID MOREIRA

Além de Cid Moreira, veja outros famosos que também morreram de falência múltipla dos órgãos

Pelé e Zagallo também foram vítimas da condição; ela afeta cerca de 25% dos pacientes internados em UTIs

Cid Moreira no estúdio do Jornal Nacional, em 1979 - Acervo Grupo Globo

O jornalista e apresentador Cid Moreira morreu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Segundo boletim do hospital, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Ela é uma condição que ocorre quando dois ou mais órgãos vitais perdem a sua função ao mesmo tempo.

Assim como ele, outros ícones do Brasil também foram acometidos pela síndrome da falência de múltiplos órgãos (SFMO).

Pelé

Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé | foto: Franck Fife/AFP


O ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, morreu de falência múltipla de órgãos em decorrência do câncer de cólon aos 82 anos. No caso de Pelé, o rim (ele havia perdido o outro rim quando ainda era jogador) foi o primeiro órgão a falhar.

Zagallo

Mário Jorge Lôbo Zagallo | foto: Gabriel Bouys / AFP


Assim como o ex-jogador e treinador Mário Jorge Lobo Zagallo foi a óbito devido a condição. Na época, foi divulgado que Zagallo não resistiu à "progressão de múltiplas comorbidades previamente existentes".

A síndrome no país
No Brasil, ela afeta cerca de 25% dos pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), o número de órgãos comprometidos aumenta a chance de morte. Se dois órgãos são comprometidos, a mortalidade é de 60%. Se a falência é de três órgãos, a taxa sobe para 85% e no caso de quatro órgãos ou mais é de 100%.

A sepse (choque séptico) é a causa mais comum para a síndrome, mas ela também pode ser desencadeada por infecções generalizadas, traumas queimaduras, pancreatite, síndromes de aspiração, doenças autoimunes, eclampsia e envenenamento.

Os pulmões, os rins, o estômago e o fígado são os órgãos mais afetados, além de lesões cardíacas pós-traumáticas, cerebrais pós-traumáticas, glandulares e intestinais; também alterações do perfil de imunidade e de coagulação.