Número de universitários chega quase a 10 milhões, e EaD fica perto de superar presencial
Pesquisa do MEC revela ainda tendência de cursos à distância ultrapassarem os presenciais em quantidade de matrícula já em 2024
O número de estudantes matriculados em cursos de ensino superior chegou a 9,9 milhões em 2023, crescimento de 5,6% na comparação com o ano anterior, informou o Ministério da Educação nesta quinta-feira. O incremento foi o maior registrado em nove anos.
Os dados do Censo da Educação Superior mostram 9.976.782 matrículas em cursos de graduação, sejam eles presenciais ou à distância. O número de alunos de cursos à distância vêm se aproximando a cada ano: são 4.913.281 matrículas, o que significa 49% do total — a diferença entre as duas modalidades é de 150.220 matrículas.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), caso a tendência seja mantida, o número de estudantes de cursos à distância será maior já em 2024. O formato ganhou impulso especialmente após a pandemia de Covid-19.
As instituições privadas concentraram a maioria dos matriculados: 79,3%, um crescimento de 7,3%, no mesmo período. Já as instituições públicas registraram 20,7%, uma queda de 0,4% na comparação com o ano anterior.
A pesquisa mostra ainda que 51% dos alunos cotistas concluíram o curso, enquanto o índice entre os não cotistas foi de 41%.
O Censo da Educação Superior é feito anualmente pelo Inep e considera instituições públicas e privadas.
Pé-de-Meia universitário
Em entrevista ao Globo no início da semana, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o MEC pretende lançar em 2025 o Pé-de-Meia universitário para dar apoio financeiro aos estudantes do ensino superior de baixa renda.
— Estamos começando a construir um Pé-de-Meia para o estudante universitário, uma proposta para ser discutida com o presidente. Ele já está empolgado. Nós podemos identificar onde é que estão os gargalos, as dificuldades para garantir que esse aluno possa realizar o seu sonho de ir para a universidade — disse o ministro.