Ouro fecha em alta, impulsionado por aumento de tensões no Oriente Médio
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,36%, a US$ 2.679,20 por onça-troy, na Comex
O ouro voltou a fechar em alta no pregão desta quinta-feira, 3, fortalecido pelo aumento nas tensões no Oriente Médio e pela expectativa de mais cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,36%, a US$ 2.679,20 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Nesta quinta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que existe uma discussão de possivelmente apoiar o aliado Israel em um ataque nas instalações petrolíferas do Irã, aumentando as preocupações no Oriente Médio, o que fez com que os investidores recorressem ao metal, que é um ativo de segurança.
Também nesta quinta, a Resistência Islâmica no Iraque afirmou que tentou realizar um ataque contra Israel, mas que o drone foi interceptado na fronteira do país com o Egito.
Segundo a Pepperstone, além das crescentes tensões geopolíticas, o recente corte de juros de 50 pontos-base (pb) do Fed e as expectativas para uma maior flexibilização da política monetária do BC americano cooperaram para a alta do metal. No entanto, a empresa cita que os investidores parecem aguardar para assumir mais posições longas do ouro antes da publicação do payroll dos Estados Unidos, que acontece na sexta-feira, dia 4.
"Com o presidente do Fed, Jerome Powell, adotando uma postura mais paciente em relação à flexibilização da política monetária, é fácil justificar a consolidação dos preços do ouro", diz.
De acordo com uma análise do MUFG, os ventos favoráveis para o ouro devem continuar a impulsionar os preços. "Temos a previsão de que os preços vão subir para US$ 2.750 por onça-troy até o final do ano e vão ultrapassar o limite de US$ 3.000 por onça-troy em 2025", cita.